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Brasil não tem como ficar 'imune' a conflito na Ucrânia, prevê ex-vice-presidente do Banco Mundial

Otávio Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial e  membro sênior do Policy Center for the New South, diz que as sanções impostas que refletem na alta de juros na Rússia podem prejudicar o país - Natali Wyson/OECD
Otávio Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial do Brasil, diz que as sanções impostas que refletem na alta de juros na Rússia podem prejudicar o país  |   Bnews - Divulgação Otávio Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial e  membro sênior do Policy Center for the New South, diz que as sanções impostas que refletem na alta de juros na Rússia podem prejudicar o país - Natali Wyson/OECD

Publicado em 01/03/2022, às 11h59   Redação BNews


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O impacto econômico do conflito entre Rússia e Ucrânia será não somente nos países envolvidos e na região, mas também podem afetar todo o mundo, incluindo o Brasil. 


Otávio Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial e  membro sênior do Policy Center for the New South, diz que as sanções impostas que refletem na alta de juros na Rússia podem prejudicar o país.

Principalmente pela Rússia ser o maior produtor de fertilizantes e o Brasil, o maior produtor de alimentos do mundo.

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"Vai ser através da transmissão doméstica do aumento dos preços de commodities energéticas e pelos fertilizantes. Há muitos fertilizantes, mas os russos não são plenamente substituíveis por produtos de outras origens. Isso pode, eventualmente, afetar a chegada e atrapalhar a safra. Não tem como o Brasil ficar imune à turbulência", explica Canuto, que comenta a reação dos bancos centrais ao impasse que já resultou em centenas de mortes.


"A guerra vem em um momento no qual a inflação já estava delicada por causa de preços de energia. No caso da Europa, provavelmente, apostava-se em elevação de juros suave no fim do ano. Mas no caso dos EUA, as apostas são sobre quantos aumentos de juros e com que velocidade o Fed irá fazer. Por causa das sanções, vamos ter uma carência de dólares no mercado, e o Fed vai empurrar para frente o início da redução do estoque de seus ativos na carteira", projeta. As informações são do Globo.

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