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Grupo extremista proíbe uso de métodos contraceptivos por mulheres

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Grupo extermista tem ido nas portas das famácias para que os estabelecimentos não vendam os métodos contraceptivos  |   Bnews - Divulgação Getty Images

Publicado em 17/02/2023, às 13h06   Cadastrado por Lorena Abreu


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O regime extremista Talibã proibiu a venda de métodos contraceptivos no Afeganistão. Representantes percorreram as ruas de Cabul, capital afegã, sob alegação de que o uso de preservativos por mulheres é uma “conspiração ocidental” para controlar a população muçulmana, ao longo desta semana.

De acordo com informações do portal Metrópoles, integrantes do grupo extremista, que retomou o poder no país em agosto de 2021, têm ido de porta em porta, ameaçando parteiras e obrigando que funconários de farmácias retirem das prateleiras todos os medicamentos e dispositivos anticoncepcionais, segundo relatos ao portal britânico The Guardian.

Esta semana, o regime proibiu que o Dia dos Namorados, celebrado em muito países no dia 14 de fecereiro, fosse comemorado no território. Segundo a agência de notícias Khaama Press, membros do grupo extremista afirmaram que a data é uma cultura estrangeira. Para eles, a comemoração não seria uma atitude compatível com os valores da cultura muçulmana.

O grupo extermista é conhecido por atacar os direitos das mulheres no país. Desde que chegou ao poder em agosto de 2021, o regime acabou com o ensino para meninas, fechou universidades para elas, exigiu que deixassem empregos e impediu que saíssem de casa desacompanhadas de um parente do sexo masculino.

Em um país onde o sistema de saúde é bastante precário, a proibição contraceptiva é extremamente temerável. Uma em cada 14 mulheres afegãs morre de causas relacionadas à gravidez e é um dos países mais perigosos do mundo para dar à luz.

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