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Publicado em 13/11/2022, às 08h47 Camila Vieira
Pelo menos 326 mortes já foram contabilizadas em função dos protestos que ocorrem no Irã desde setembro. Um relatório divulgado pela organização não-governamental (ONG) de direitos humanos Iran Human Rights (IHR), que tem sede em Oslo, na Noruega, foi divulgado neste sábado (12).
Deste total, segundo o documento, 43 crianças e 25 mulheres “foram mortas pelas forças de segurança em protestos por todo o país”.
A Organização destacou que esses números configuram um balanço preliminar, já que a entidade segue com as verificações em relação a outras mortes.Em uma investigação anterior, a ONG, que conta com uma rede de informantes no Irã, havia relatado 304 vítimas.
Somente na província de Sistão-Baluchistão, na fronteira com o Paquistão, 123 pessoas morreram. Deste montante, mais de 90 manifestantes foram vítimas de um atentado no dia 30 de setembro, durante um protesto em Zahedan, contra abusos que teriam sido cometidos por policiais a uma adolescente de 15 anos na cidade portuária de Chabahar.
Devido aos mais recentes números, o diretor do IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam, apelou à comunidade internacional para mais ações que possam frear a repressão no país.
“O estabelecimento de um mecanismo internacional de investigação pela ONU facilitará o processo de responsabilização dos perpetradores no futuro e aumentará o custo da repressão contínua”, disse Amiry-Moghaddam à agência de notícias AFP.
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