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Rainha Elizabeth 2ª assiste em casa à cerimônia em que foi homenageada com metáforas de cavalos

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Como anunciado na véspera, a rainha não compareceu ao evento  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Instagram @theroyalfamily

Publicado em 03/06/2022, às 13h26   Folhapress


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Embora ausente no segundo dia de comemorações de seu Jubileu de Platina, a rainha Elizabeth 2ª, 96, recebeu mais uma rodada de agradecimentos e honrarias nesta sexta-feira (3).

Outros membros da família real britânica se juntaram a um grupo de políticos e figuras importantes em um serviço religioso de ação de graças na Catedral de São Paulo, em Londres, para celebrar os 70 anos de reinado de Elizabeth.

Como anunciado na véspera, a rainha não compareceu ao evento. Segundo o Palácio de Buckingham, ela sentou "desconfortos de mobilidade" na quinta-feira (2) e concluiu "com grande relutância" que não iria à cerimônia.

Cristã devota e, institucionalmente, chefe da igreja da Inglaterra, a monarca assistiu à celebração pela televisão em sua residência no Castelo de Windsor.

Elizabeth foi representada por seu filho e herdeiro do trono, o príncipe Charles, 73. No mês passado, ele substituiu a mãe pela primeira vez no tradicional discurso ao Parlamento do Reino Unido, e a tendência é que assuma um papel cada vez mais significativo e de liderança na família real.

Grande parte dos holofotes, no entanto, voltaram-se ao filho de Charles e neto de Elizabeth, o príncipe Harry, 37, que estava acompanhado da esposa, a atriz Meghan Markle, 40. Foi a primeira aparição pública do casal no Reino Unido desde que abdicou de seus deveres reais, há dois anos.

Harry e Meghan vivem hoje nos Estados Unidos e buscam se dissociar da família real. A atriz americana, em uma entrevista que deu à apresentadora Oprah Winfrey, chegou a acusar membros da realeza de episódios de racismo -Elizabeth afirmou que as denúncias seriam "levadas muito a sério".

Por esse motivo, o casal divide opiniões entre os britânicos -o que ficou evidente na reação à sua nesta sexta, quando os dois receberam vaias e aplausos.

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Outra figura importante recebida com reações mistas do público foi o primeiro-ministro Boris Johnson. Enquanto fazia uma leitura durante a cerimônia, o conservador foi vaiado por parte da multidão do lado de fora da catedral. O premiê está envolto em uma crise política após participar de várias festas em Downing Street, a sede do governo, durante a pandemia de Covid, quando havia regras de confinamento na Inglaterra. Desgastado politicamente, ele perdeu apoio de correligionários e viu seu partido, o Conservador, sofrer derrotas nas últimas eleições regionais.

Na cerimônia em homenagem à rainha, o arcebispo de York, Stephen Cottrell, recheou o sermão com metáforas relacionadas ao universo dos cavalos -Elizabeth adora cavalos e até ganhou um deles na véspera do presidente da França, Emmanuel Macron.

Cottrell comparou o reinado da monarca ao Grand National, famosa e longa corrida de cavalos com a pista cheia de obstáculos. "Mas com perseverança em tempos de mudança e desafio, alegria e tristeza, a senhora continua a se oferecer a serviço de nosso país e da Commonwealth [Comunidade Britânica, que reúne antigas colônias]."

"Sua Majestade, sentimos muito que não esteja aqui conosco nesta manhã, mas estamos muito felizes que ainda esteja sobre a sela", continuou Cottrell usando mais uma metáfora hípica. A expressão em inglês "in the saddle" pode ser traduzida literalmente como "na sela", mas também pode se referir a algo ou alguém que esteja em uma posição de controle e responsabilidade.

Outra ausência da cerimônia foi o príncipe Andrew, 62. Ele já não apareceu no primeiro dia do Jubileu de Platina –está afastado da vida pública desde 2019 e envolvido em um escândalo sexual no qual foi acusado de manter relações sexuais com uma menor de idade. O Palácio de Buckingham, no entanto, justificou a ausência do segundo filho da rainha com o anúncio de que ele está com Covid-19.

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