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Recém-nascido recebe primeiro transplante parcial de coração do mundo

Reprodução/Duke University
Transplante parcial de coração realizado em 2022 foi considerado bem-sucedido  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Duke University

Publicado em 03/01/2024, às 19h12   Cadastrado por Victória Valentina


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Um recém-nascido com apenas 18 dias de vida foi o primeiro do mundo a receber um transplante parcial de coração. Segundo os médicos, em relato publicado na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), o pequeno Owen Monroe nasceu em abril de 2022 com disfunção irreparável da válvula cardíaca. Um ano após a realização do procedimento, pesquisadores o consideraram bem-sucedido.

Os pais do bebê, Tayler e Nick Monroe, foram informados sobre a necessidade do transplante assim que a criança nasceu.

O tratamento padrão para esse tipo de condição rara era com o uso de válvulas artificiais. No entanto, como elas não cresciam junto com o coração da criança, precisavam ser frequentemente substituídas, necessitando diversos procedimentos cirúrgicos que acarretavam uma taxa de mortalidade de 50%.

O estudo, liderado por médicos da Duke Heal e publicado na JAMA,  levou a duas válvulas e artérias em bom funcionamento, que vão crescendo em conjunto com a criança, como se fossem vasos nativos.

"Esta publicação é a prova de que esta tecnologia funciona, esta ideia funciona e pode ser usada para ajudar outras crianças", disse o médico Joseph W. Turek, primeiro autor do estudo e chefe de cirurgia cardíaca pediátrica da Duke, que liderou o procedimento histórico.

Conforme pesquisadores, o procedimento requer cerca de um quarto da quantidade de medicação imunossupressora de um transplante cardíaco completo, salvando os pacientes, em maior potencial, de efeitos colaterais prejudiciais que podem piorar ao longo de décadas.

 A inovação também abre caminho para um transplante de coração efeito dominó, onde um coração é capaz de salvar duas vidas. Durante esse tipo de transplante, um paciente que tem válvulas saudáveis, mas precisa de um músculo cardíaco mais forte, recebe um transplante de coração completo; já suas válvulas saudáveis ​​são doadas a outro paciente necessitado, criando um efeito dominó.

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