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Salman Rushdie deve perder olho e teve braço e fígado danificados, diz agente

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Hadi Matar invadiu o palco da Chautauqua Institution e esfaqueou Salman Rushdie  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter @SalmanRushdie

Publicado em 13/08/2022, às 08h35   FolhaPress


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O autor anglo-indiano Salman Rushdie deve perder um olho, além de ter nervos de seu braço e o fígado comprometidos após atentado nesta sexta-feira, antes de um evento nos Estados Unidos. A informação foi confirmada por seu agente, Andrew Wylie, nesta noite, em nota atualizada à imprensa, afirmando ainda que o autor está em um respirador e não consegue falar.

"As notícias não são boas. Salman provavelmente perderá um olho; os nervos de seu braço foram cortados; e seu fígado foi esfaqueado e danificado", disse Wylie.

Hadi Matar, de 24 anos, invadiu o palco da Chautauqua Institution, localizado na cidade de mesmo nome, a cerca de sete horas de carro de Nova York, e esfaqueou o escritor de 75 anos no pescoço e abdômen, segundo a polícia. Uma testemunha contou à agência Associated Press que viu o autor receber de 10 a 15 golpes.

O autor, que recebe ameaças de morte do governo do Irã desde os anos 1980, caiu no chão, foi socorrido e levado ao hospital de helicóptero. Em nota à tarde, seu agente, Andrew Wylie, disse que o autor passava por uma cirurgia.

O entrevistador que o acompanhava no evento também foi ferido. Ainda segundo a polícia nova-iorquina, o suspeito de atacar o escritor foi detido e está sob custódia –Matar estava vestido de preto e mascarado durante o ataque. Ainda não se sabe a nacionalidade ou motivação do agressor e o FBI está envolvido na investigação.

Havia agentes policiais no auditório onde Rushdie foi atacado, com capacidade para milhares de pessoas, mas não um esquema especial de segurança com detector de metais.

Um dos maiores escritores de sua geração e conhecido por suas posições libertárias, Rushdie é perseguido por autoridades iranianas por blasfêmia desde a publicação de "Os Versos Satânicos" em 1988, romance de fantasia considerado ofensivo a Maomé e à fé islâmica.

À época do lançamento do livro, o aiatolá Khomeini defendeu que o escritor fosse assassinado, e a perseguição foi mantida em vigor pelas mais altas autoridades religiosas do Irã.

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