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Publicado em 01/03/2022, às 10h39 Vinícius Dias
O Sheriff já havia conseguido uma façanha ao chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões representando o território autônomo da Transnítria, região separatista russa na Moldávia, sendo o primeiro clube da região a alcançar a façanha. O clube seguiu se impondo e venceu o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu durante a fase de grupos e quase avançou às oitavas.
Na última quinta-feira (24), o comandante do time, o ucraniano Yuriy Vernydub, ainda trabalhou na Liga Europa, com a eliminação do Sheriff nos pênaltis diante do Braga. Logo após a partida, ele deixou o clube e voltou para seu país. Vernydub se alistou ao exército e, aos 56 anos, participará da resistência da Ucrânia contra a invasão russa.
Na entrevista que deu depois da derrota para o Braga, Vernydub declarou apoio à resistência em seu país.
“Tenho esposa, dois filhos, dois netos, irmãos e irmãs vivendo na Ucrânia. Desejo saúde a eles e que esta guerra não os toque. Quando chegar em Moldova, vou pedir para voltar à Ucrânia. Disse para a minha família que, se eles precisassem de minha ajuda, estaria sempre com eles. Queria deixar algumas palavras de apoio ao povo ucraniano: estou orgulhoso das pessoas que defendem o país”, afirmou.
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A Transnístria, região moldava onde fica o Sheriff Tiraspol, possui população de maioria étnica russa. A área está localizada bem na fronteira com a Ucrânia e convive com um contingente permanente do exército russo, desde os conflitos em busca da independência no início dos anos 1990. O território transnístrio serviu, inclusive, como uma das bases ao exército da Rússia antes da invasão na Ucrânia.
O Sheriff é financiado por grupos que comandam a política transnístria, com um governo que age de maneira autônoma em relação ao estado moldavo.
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Além de Vernydub, outros personagens ligados ao esporte se juntaram ao exército ucraniano, com menção principal aos ex-boxeadores Wladimir e Vitali Klitschko – este, também prefeito de Kiev.
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