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Na Sombra do Poder: o sheik da Praia do Forte

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Veja os bastidores da política baiana desta semana   |   Bnews - Divulgação Arquivo Bnews/Reprodução

Publicado em 06/12/2018, às 05h50   Editoria de Política


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O sheik da Praia do Forte

Um famoso lobista “habitué” do Balneário de Praia do Forte tem sido visto constantemente na ponte aérea Salvador-Brasília. De acordo com fontes do BNews, o sheik da Praia do Forte anda preocupado com as últimas operações da Polícia Federal que estão ocorrendo no país com envolvimento de políticos baianos. Será que o sheik ainda continuará fumando seus charutos cubanos e tomando seus vinhos raros ao entardecer na Praia do Forte? Vamos aguardar.

Deu susto

O Malassombrado deu um susto, literalmente, em muita gente. O vereador de Salvador desapareceu na segunda-feira e só foi encontrado 48 horas depois. A história é confusa e nada foi esclarecido. Oficialmente ninguém fala o motivo da possível renúncia ao cargo, mas a “Rádio Corredor” da Câmara é a mais atualizada da cidade. Para uns, problemas financeiros do edil o afetaram; outros atribuem àquela velha história dos cheques sem fundo. É esperar a recondução mental do Malassombrado. 

Galhada

Circula na mesma "Rádio Corredor" do Paço Municipal uma história curiosa de um político que supostamente largou a mulher para ficar com a amante. A fofoca é que a nova digníssima também teria pulado a cerca. O povo não perdoa, né?

Olhos cruzados

Não chamem para a mesma mesa o prefeito ACM Neto (DEM) e o vereador Alexandre Aleluia, líder do DEM na Câmara de Salvador. São dois os motivos dos incômodos, principalmente por parte do edil: o prefeito se colocou escancaradamente contra o projeto Escola Sem Partido, cuja proposição municipal é do vereador e a nova proposição do Executivo do Pé na Escola que aliados do edil sinalizam como cópia de uma indicação do mandato do democrata antes intitulado como Charter School. Nenhum crédito foi dado.

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Até Madame Beatriz conseguiria prever a queda da “frondosa” Árvore de Natal da prefeitura de Salvador armada em frente do Palácio Thomé de Souza. Bastou um sopro vindo da Baía de Todos os Santos para a estrutura ir abaixo e ser arrastada até os tapumes em frente à Câmara de Salvador. A estrutura estava extremamente fraca e precária. Uma nova árvore, com armação visivelmente diferenciada, já foi instalada.

Recuo

A “eleição” da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) ainda vai dar muito o que falar nesta coluna. O consenso em torno da candidatura de Nelson Leal (PP) é considerado por muitas pessoas como um recuo por parte do governador Rui Costa (PT), que teria Alex Lima (PSB) como preferido para o posto. Informações de bastidores dão conta de que o petista teria se irritado como a articulação do PP durante sua ausência por conta de uma viagem oficial ao exterior e, ao retornar, tomou a frente do processo, que na verdade, já estava fechado sem o chefe do Executivo. 

Compensação

Diante disso, resta observar os próximos passos do PSB. Os socialistas bateram na tecla de que a exclusão da senadora Lídice da Mata da chapa majoritária nas últimas eleições legitimava o partido a pleitear o comando da Casa. Agora, deve utilizar mais essa frustração para tentar ampliar seu espaço no governo. O jogo de tabuleiro já começa a ser jogado.

O Leão rugiu mais alto

Não é de outrora que o vice-governador da Bahia tem mostrado seus dentes e garras afiadas de leão. João Leão conseguiu emplacar seu pupilo Nelson Leal “goela-abaixo” do senador Otto Alencar (PSD) e do próprio PT na presidência da AL-BA. E para fechar o ano, lançou nesta quarta-feira, seu filho Cacá Leão, que desenvolve um bom trabalho na Câmara dos Deputados, para a prefeitura de Salvador. 

Papai Noel 1 

Mas, ao ser indagado sobre a escolha de Nelson Leal para presidência da AL-BA, o presidente do partido e vice-governador, João Leão disse desconhecer o fato. Foi informado da decisão oficial pelo BNews. Ora, em nota encaminha à imprensa após a decisão final, divulgada pela assessoria do governador Rui Costa, está bem claro que a conversa teve a participação do vice-governador, seu aliado de primeira hora. Mas, sabendo ou não, o bonitão foi só sorrisos ao tomar conhecimento da notícia: "foi o presente de Natal".

Papai Noel 2 

Se o bom velhinho antecipado veio para uns, outros não ficaram tão animados com os “presentes natalinos”. O também candidato, Adolfo Menezes (PSD) garantiu que não teve rusgas na base, mas não escondeu a insatisfação de não ter sido o primeiro escolhido. Vai ter que esperar a ceia natalina até 2021.

Barganha

A bancada de oposição na AL-BA torcia por um racha na base governista, mas declarou satisfação com a escolha de Leal. Dentre os nomes, era o preferido do grupo. Resta saber se haverá manutenção dos cargos para a bancada, a exemplo da Fundação Paulo Jackson, que administra a TV ALBA e leva boa parte do orçamento da Casa. Terça-feira haverá reunião. A fatia do bolo certamente será colocada em pauta.

Dificuldades

E definido o impasse em torno de quem será o presidente da AL-BA, todos os olhares se voltam para a composição do novo governo do petista Rui Costa. Agora quem não levou o posto maior da Casa das Leis, inclusive, já se articula pela maior fatia do bolo (inclui-se o PSB, como já falamos acima). O certo, é que Rui aprovando a reforma administrativa que excluirá não apenas cargos comissionados, mas também empresas na sua gestão, terá dificuldade em agregar os 14 partidos que compuseram sua coligação e o ajudaram na reeleição.

Tamanho eleitoral

Os aliados que possuem tamanho maior e alto poder de fogo não cansam de relembrar ao governador o tamanho eleitoral dos seus partidos, a começar pelo próprio PT. Em seguida virão, afirmam interlocutores de Rui, o PSD, PSB, PCdoB e o próprio PP, do vice-governador João Leão que já abocanhou a presidência da AL-BA. Que a tarefa será bem complicada, não há dúvidas. O anúncio está previsto para este mês de dezembro ainda. Bora Rui, correria!

Rixa antiga

Ainda falando na Casa de Leis do Estado, a rixa entre o deputado Marcelo Nilo (PSB) - presidente do parlamento por cinco mandatos, e o atual comandante, Angelo Coronel (PSD), que desbancou Nilo do posto, só faz aumentar. Os comentários nos corredores da AL-BA é de que ambos mudam a direção quando os olhares se cruzam para não passarem pelo mesmo caminho. A bola da vez são as avaliações das gestões no parlamento, onde cada um trata de exaltar suas ações e criticar a do outro. Já esperado.

Baiano na presidência 

Mas Coronel não está ligando para os chiliques de Nilo. Ele está de olho em novos ares. Novato no Senado, segue firme com o propósito de se candidatar à presidência da Casa. No entanto, um fator vai pesar na manutenção da sua candidatura: a decisão do MDB. Conforme apurou esta coluna, se o MDB definir por Renan Calheiros, ele segue em frente. Dizem aliados que a disputa com Renan será mais fácil, por conta do desgaste do ex-presidente. 

Pé de guerra 

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), resolveu tomar as rédeas novamente do grupo de oposição na Bahia. Neto não perde uma oportunidade de "tirar os cachorros e colocar no governador" com o anúncio do pacote de medidas econômicas apresentado por Rui Costa. É um tal de trocas de farpas pra lá e pra cá. Dizem as más línguas que o prefeito perdeu o "time" da campanha e tá fazendo das inaugurações palanque eleitoral. 

Vistas à 2020...

Com a nova lei eleitoral, a tendência é que todos os partidos políticos lancem nomes para a majoritária municipal de 2020. Em Salvador, o PSB é uma das legendas que pode ter um racha interno na escolha de um nome. O vereador Silvio Humberto já deu declarações dizendo que não descarta entrar no páreo. Resta saber se ele combinou isso com a presidente estadual da agremiação, Lídice da Mata.

E 2022

Soou de forma bastante confusa a informação de que o relator da Reforma da Previdência, Arthur Maia, que recentemente trocou o PPS pelo Democratas na Bahia, pode disputar o Governo do Estado em 2022 pelo partido. “Eu entendo que ACM Neto é o nome mais forte para disputar o governo da Bahia, mas eu vou trabalhar para estar na chapa majoritária. Pode ser candidato a governador ou a senador, mas sem ideia de atropelar ninguém”, disse Maia a uma revista nacional”. Ainda de acordo com a publicação, o deputado federal não descarta ser candidato a governador em 2022. 

Da Reforma de Neto

No âmbito municipal, fica cada vez mais perto a promessa de anúncio reforma administrativa por parte do prefeito ACM Neto (DEM), dia 15. Entre as possíveis mudanças, conforme o BNews publicou, estariam certos os assentos para, ao menos, três aliados derrotados nas urnas: Pablo Barrozo (DEM), que teria a vaga reservada na Limpurb, mas estaria recusando a proposta; outro para o líder da oposição Luciano Ribeiro (DEM), que seria de articulação junto ao prefeito; e para a deputada Tia Eron (PRB), cuja pasta ventilada seria a Secretaria da Mulher.

Cai não cai

Entre as pastas que devem ter mudanças, Neto confirmou cinco inicialmente. No rol estariam: a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP), hoje ocupada por Marcus Passos; a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), sob o comando do vereador licenciado Isnard Araújo, que deve retornar para Câmara de Salvador. Na Semps, Neto quer agora um nome técnico. Corre solto ainda que terão mudanças na Secretaria de Educação, com possibilidade de o deputado estadual eleito Léo Prates (DEM) retornar ao posto, bem como na Saúde.

Mais possibilidades

Assumindo interinamente a Secretaria Municipal de Trabalho, Esportes e Lazer, após Geraldo Júnior (Solidariedade) sair para ser candidato a presidente da Câmara de Salvador, Adriano Gallo não deve permanecer no primeiro escalão e dará lugar a um aliado de peso maior. Também, a relação instável com o MDB da família Viera Lima, pode derrubar Almir Melo, que hoje detém a chefia da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra).

Estranho, mas nem tanto

Chamou atenção de quem esteve no evento de uma parceria selada entre a prefeitura de Salvador e a UCSAL no auditório da arquidiocese de Salvador, o fato do prefeito ACM Neto (DEM) ter dedicado boa parte do seu discurso para falar da sua relação de amizade com Celsinho Cotrim (PRTB), representante do reitor da instituição. Recentemente o candidato a senador nas eleições passadas esteve em Brasília em costuras políticas, visto que faz parte do partido do vice-presidente General Mourão. Há quem diga que essa proximidade pode surgir parcerias políticas futuras para 2020. É esperar para ver.

Moderado, mas nem tanto

O senador eleito Jaques Wagner (PT) moderou o discurso contra o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) durante o debate "Diálogos Capitais", promovido pela revista "Carta Capital" em Salvador. O evento discutiu a ameaça de privatização dos bancos públicos. "Vamos ver o que eles têm para apresentar. Por enquanto são só promessas e vamos ver o que eles efetivamente vão concretizar", declarou para a imprensa.

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