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Na Sombra do Poder: Sub do calote

Pixabay/ Reprodução/ Redes sociais/ Divulgação/ Luis Macedo/ Câmara dos Deputados
Os bastidores da política baiana  |   Bnews - Divulgação Pixabay/ Reprodução/ Redes sociais/ Divulgação/ Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

Publicado em 28/01/2021, às 05h00   Editoria de Política


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Sub do calote
Tem um subsecretário da gestão do prefeito Bruno Reis que acumula dívidas junto a instituições financeiras. Agora, o que mais impressiona é que o sub, que se autointitula o “galã”, tem dois processos de execução fiscal, referentes a taxas de licenciamento de estabelecimento. Quem avisa amigo é, dê exemplo e pague as suas taxas! 

Covid Fest em Guarajuba
Um diretor da prefeitura de Salvador deu uma big festa em sua casa em Guarajuba, com direito a show ao vivo e tudo, em meio ao aumento de casos da Covid-19. Tudo por debaixo dos panos, nenhum piu publicamente, mas não escapou do olhar de águia desta coluna. Pode isso?

O intruso 
O irmão do ex-secretário de Educação de Salvador Bruno Barral foi exonerado do Governo da Bahia. A saída consta "a pedido", mas será que descobriram o intruso e o demitiram?

Os babões

No aniversário de ACM Neto não faltaram homenagens, foi uma babação para todos os lados, inclusive dos novatos nas pastas municipais. O prêmio de babador veterano vai para Sosthenes Macêdo. Já o de babador sênior fica com Marcus Passos. 

Lá se vai a paz? 
Se os secretários de Saúde de Salvador e do estado estão afinados nas ações, o mesmo não pode ser dito de outros titulares de pastas importantes, com a Educação. Quando o assunto é volta às aulas presenciais, a história muda e há uma nítida divergência de opinião. Por um lado, o novo secretário municipal Marcelo Oliveira defende o retorno imediato de todos os grupos escolares. Do outro, o secretário estadual prega cautela e diz que não vai ceder à pressão colégios particulares. Já o governador Rui Costa foi bem mais enfático e disse que voltar seria um suicídio. O prefeito Bruno Reis, por sua vez, adotou um tom mais ameno e diplomático, anunciando que conversaria com o governador sobre o assunto, mas o principal seria analisar os números da Covid-19 e condições sanitárias. Será que os bons tempos de paz estão por um fio? 

Em tempo, Bruno Reis já reclamou que o governo anunciou a paralisação dos trens do subúrbio, mas não tratou nada com a prefeitura. Tretas palacianas!

Polêmica
O deputado cassado Marcell Moraes resolveu dar uma de polícia. Foi atrás do idoso que bateu em um cachorro, deu voz de prisão e agrediu o agressor. Tudo isso publicado, ao vivo, em uma rede social. Minutos depois, disparou o conteúdo em uma lista de transmissão do WhatsApp. O vídeo viralizou. Muita gente a favor da atitude, muitos contra. E você? A NSP quer saber!

Tem ou não comando? 
Ou o presidente nacional do DEM, ACM Neto, dará uma lição nos desgarrados do partido sobre a traição do apoio a Baleia Rossi (MDB) na Presidência da Câmara Federal ou ficará totalmente desmoralizado. Uma galera do Democratas vai pular do barco. Lembra até a campanha de 2018, quando Neto apoiava Geraldo Alckmin e foi com ele até o fim, mas um monte de seus seguidores foi de Bolsonaro. Se não der a resposta, vai mostrar que há dúvidas sobre seu comando na importante sigla. 

Entre a cruz e a espada
Falando nisso, tudo o que ACM Neto não queria, aconteceu. A briga entre integrantes do DEM veio à tona pela imprensa. Rodrigo Maia (DEM-RJ) chegou a dizer que a sigla poderia virar um “partido de boquinha” se o ex-prefeito de Salvador não entrar no circuito e mantiver apoio a Baleia Rossi (MDB-SP) para Presidência da Câmara. Ao mesmo tempo que quer manter o apoio para garantir a paz entre os deputados, não quer se indispor com Bolsonaro, de quem está lado a lado no Senado, onde lançou Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Entre a cruz e a espada.

Partido de boquinha

E nessa história de boquinha, quem foi pra cima de Rodrigo Maia? O baiano Arthur Maia, um dos principais articuladores da campanha de Lira na Câmara Federal ao lado de Elmar Nascimento. Vale lembrar que os dois baianos são do DEM. O parlamentar disse que Maia tem também uma boquinha no Governo Bolsonaro: “O Dr. Rodrigo Maia deveria ter mais respeito pelas pessoas que têm posição diferente da dele. Porque, se ele está se referindo à 'boquinha' como cargo no governo, quero saber se foi boquinha quando ele indicou o Sr. Rodrigo Sergio Dias no Governo Bolsonaro”.

Visita badalada 
É nítido perceber que Lira terá um apoio considerável da bancada baiana no Câmara: leia-se a governista e a opositora. Isso já demonstra o clima do Plenário em Brasília. Apesar da tida frente ampla contra o “candidato de Bolsonaro”, o pepista está com a corda toda na Bahia. Sua visita foi mais badalada do que a de Baleia. Lembrou os tempos das campanhas de Eduardo Cunha (MDB) versus Arlindo Chinaglia (PT), em 2015.

PP com sede ao pote
Não bastou desautorizar publicamente o governador Rui Costa sobre a Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia e, com isso, acabar ganhando a Casa Civil e a SDE. O PP também quer um bom espaço na Mesa Diretora da Casa. Porém, lideranças petistas estão no pé do ouvido do governador para não ceder a mais essa pressão dos pepistas. Vamos conferir se Marcelo Nilo (PSB) estava certo ou não quando disse que Rui funciona sob pressão.

Vista grossa

A sensação ao ver as declarações dos deputados do centrão que compareceram ao encontro que celebrou o apoio de ao menos 23 parlamentares à candidatura de Arthur Lira à Presidência da Câmara foi a de que fazem "vista grossa" à condução de Bolsonaro frente à pandemia da Covid-19. O consenso entre a classe é que o vírus é ruim em todos os lugares do mundo. Só esqueceram, dentre tantos outros índices, que o Brasil do governo negacionista é responsável por 10% dos casos de coronavírus no mundo, mesmo tendo apenas 2,5% da população.

Não enganam
Se por um lado os deputados do centrão hoje negam a chance de um impeachment do presidente Jair Bolsonaro, a história recente do país já comprovou que os mesmos partidos que marcham com o capitão, outrora estavam com o PT e não pensaram duas vezes em pular do barco e deixar Dilma afundando sozinha. Em tempo, a última declaração pública de Mourão reclamando da relação com o presidente lembra a carta de Temer, pouco antes do impeachment de Dilma. 

Perguntar não ofende
O marido da deputada federal Dayane Pimentel, Alberto Pimentel, foi nomeado para a Secretaria de Governo da prefeitura de Salvador com a justificativa de intermediar as relações internacionais do Palácio Thomé de Souza. A pergunta que não quer calar: Pimentel já sentou com os chineses e com os russos para conseguir vacina para Salvador? Se é pra estabelecer relações internacionais, a melhor utilização da função seria agora...

Tá explicado

Se alguém tinha dúvidas sobre como um cidadão poderia chegar ao cargo de general e ostentar um físico invejável de lutador de sumô, o enigma foi explicado com a divulgação das compras de alimentos pelo Governo Federal, que inclui o Ministério da Defesa. Se só com leite condensado foram gastos R$ 15,6 milhões, dá para entender o físico do general Eduardo Pazuello.

Contraditório
O deputado carioca Eduardo Bolsonaro, não cansa de lançar teses duvidosas. Dessa vez, atacou de nutricionista e garantiu que leite condensado é alimento base na dieta daqueles que tem uma vida atlética. A longo prazo, já vimos que não faz bem.

Holofote
Se tem uma coisa que político gosta é de holofote. A posse do presidente estadunidense Joe Biden foi motivo suficiente para que até secretários cumprimentassem o novo comandante da maior potência do mundo, em inglês, claro. Esse aceno não será levado em consideração nem pelos seguidores dos políticos, quanto mais pelo democrata.

Classificação Indicativa: Livre

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