Colunas / Na Sombra do Poder
Divulgação
Um famoso e influente prefeito de um município próximo a Salvador vem se revelando um admirador das meninas do "Job". Ele é visto constantemente em uma torre da avenida Tancredo Neves, subindo e descendo o elevador com as meninas da "massage". O final é sempre o mesmo: um cafezinho para fechar a tarde de muito trabalho. O que chama atenção é que isso sempre acontece entre terça e quinta-feira, o que despertou a curiosidade da NSP sobre quando e em que horário ele despacha na prefeitura local — e se tem tempo para tentar resolver o caos em sua pequenina cidade.
Tigrinho na PMS
Um ex-atual cacique da PMS tem sido flagrado, nas horas vagas, focado no famigerado jogo do Tigrinho. O rapaz quase não participa mais dos atos do prefeito e, sempre após o almoço no Salvador Shopping, é visto esparramado no sofá de um café, com a tela de seu iPhone 16 Pro Max, dedilhando no bichano sem nem olhar para os lados. Enquanto isso, o pobre motorista o espera na frente do Gattai.
Lavou as mãos
Um estudante do ensino médio estava sofrendo bullying em uma escola de classe média-alta de Salvador. Acontece que em meio à preocupação dos pais, a instituição nada fez para preservar a integridade do rapaz. Como forma de prevenir que o pior acontecesse, o garoto foi remanejado de turno. E a escola? Acionada no Ministério Público pela família do jovem após a omissão para elucidar o problema. De imagem inabalável, a instituição já sofre com outras polêmicas, sobretudo no núcleo de apoio psicológico onde um orientador tocava o terror até ser substituído (e amparado) pela instituição, enquanto diversos alunos ficaram sem suporte e amparo da escola.
Bolão da facul
Entre os estudantes do ensino superior na capital baiana, é quase sempre feito um "bolão" pra eleger qual é a pior faculdade da cidade. E parece que uma das instituições tem se empenhado bastante para ganhar o título. Após remover um curso de alta rotatividade de sua grade, os investimentos em infraestrutura caíram drasticamente. Como forma de denunciar a precariedade das instalações, os alunos têm denunciado por meio de uma página chamada "Aviãozinho" no Instagram o que veem de ruim e errado: Falta de ar-condicionados, bebedouros sem funcionar e por aí vai. E nem queira saber da área de comunicação institucional: É mais fácil ganhar na Mega-sena do que resolver um problema nesse lugar.
Vereador influencer
Kiki Bispo parece ter esquecido que é vereador de Salvador e que precisa cuidar da cidade. O líder do governo na Câmara tem se preocupado com outras coisas durante seu novo mandato, deixando a capital baiana fora da sua lista de prioridades. O vereador, que já tinha inventado moda ao falar espanhol durante uma sessão ordinária, agora quer enaltecer as figuras públicas digitais com um projeto de lei para instituir o “Dia do Influenciador Digital”. Será que a população do bairro que mais lhe deu votos vai aplaudir a proposta ou cobrar o término da reforma da praça (que já virou lenda)? Fica a dúvida.
Quinta série legislativa
Foi como bem disse uma pessoa que estava no plenário da Câmara nesta semana: "isso aqui mais parece uma quinta série, um circo". A fala se deu após o bate-boca entre dois vereadores por conta de um termo utilizado contra a oposição. Foi o bastante para os egos inflamados tomarem conta do debate e praticamente colocarem fim a uma sessão legislativa. Quando não estão aprovando projetos de cunho duvidoso e qualidade questionável, os "representantes do povo soteropolitano" acabam protagonizando um show de horrores de dar inveja a qualquer filme dos Trapalhões.
O sabotador
O Ba-Vi que decidiu o Baianão 2025 ainda rende fora de campo. Após a sabotagem ocorrida na entrada dos times em campo, o Vitória rompeu o contrato com a empresa que pirotecnia responsável pela fumaça vermelha e preta. Tudo isso por conta da cor azul, que remete ao Bahia, que foi lançada no estádio e a revoltou os rubro-negros. A empresa é a mesma responsável pela festa tricolor na Fonte Nova e também tem no portfolio parcerias o Esquadrão, Copa do Nordeste, Globo e eventos como celebrações de Réveillon na Bahia. A trapalhada, no entanto, queimou o filme do grupo, que deve ser escanteado nas próximas festanças por essas bandas. Nem mesmo a demissão do envolvido deve salvar o grupo de ter o filme queimado.
Silêncio na Ordem
A fala xenofóbica do ministro do STJ João Otávio de Noronha foi amplamente repudiada por autoridades baianas e setores da mídia, mas nada se viu a respeito de um posicionamento da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Nem linhas e nem declarações da gestão recém-eleita, que corre para postar card em data comemorativa, mas dorme em berço esplêndido quando o assunto é atacar quem ataca a Bahia. Curioso é que sempre repudiou falas como as do ministro. Também pudera. Ninguém quer comprar briga com o STJ quando se está de olho numa cadeira de ministro (a) próxima de ficar vaga.
Não tinha mulher?
As trocas na cúpula da segurança da Bahia foram encaradas como um acerto do governador Jerônimo Rodrigues. No entanto, chamou atenção o fato de o petista ter exonerado as duas primeiras mulheres que chegaram a postos de chefia nas forças. Heloísa Brito, delegada-geral da Polícia Civil, deu lugar a André Viana, enquanto, no Departamento de Polícia Técnica (DPT), Ana Cecília foi substituída por Osvaldo Silva. Com isso, a segurança pública voltou a ser dominada por homens.
Impasse na Secom
Jerônimo prometeu divulgar nos próximos dias o nome do novo Secretário de Comunicação quatro meses após a saída de André Curvello. A NSP apurou que a bola está entre João Dude e Éden Valadares. Cid Andrade, que estava sendo cotado, está vetado na pasta. Inclusive, parece que este último se retou e se mandou para Portugal após ser preterido.
Entrou água
A intenção do PP de ocupar espaços no governo Jerônimo Rodrigues vai ficar em segundo plano. A provável federação do partido com o União Brasil esfriou de vez uma negociação que já era dada como certa nos bastidores. Um exemplo disso é o acordo que estava em estágio avançado para a nomeação do novo comandante do Detran. Gilvan Lima, indicado pelo presidente dos progressistas baianos, Mário Negromonte Jr., já estava de malas prontas para assumir o cargo, mas agora terá que esperar o desfecho da situação. Como consequência da federação, alguns deputados apostam numa debandada e no consequente esvaziamento da legenda no estado.
O voto de silêncio da Agerba
É até irônico imaginar que a agência responsável pela regulação dos serviços na Bahia esteja tão desregulada, em especial, em relação às obras da nova Rodoviária de Salvador. Em meio a diversas denúncias em relação a investigações sobre o edital de concessão da futura rodoviária, sonegação de informações e até multa do TCE contra seu diretor, Carlos Henrique de Azevedo Martins, a Agerba simplesmente se recusa a se posicionar sobre o assunto. Ao menos o governador Jerônimo segue falando — por hora. O gestor até entoou uma crítica velada sobre o caso e disse que “não vai passar a mão pela cabeça”. Resta saber se realmente haverá uma punição ou se a fala de Jero foi apenas discurso. Cá pra nós, exoneração não deve ocorrer. Sobretudo devido ao parentesco de Carlos Henrique, que é irmão do senador Angelo Coronel — o mesmo que Jaques Wagner “escanteou” quando sugeriu a formação de uma chapa puro-sangue para o Senado em 2026, o que acabou enfurecendo Coronel e criando um atrito em PT e PSD.
Contaminação na Alba
Calma, leitores e leitoras, não se trata de um caso de urgência sanitária. A questão aqui é a eleição para a primeira vice-presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que ainda não aconteceu por conta de um impasse no PT. O partido indicou Fátima Nunes, mas, de última hora, Júnior Muniz decidiu entrar no páreo e bagunçou tudo. Informações de bastidores apontam que a confusão tem origem na disputa pelo comando do partido no estado.
O poder de Rosemberg
O líder governista Rosemberg Pinto tenta mostrar força com a manutenção da candidatura de Fátima. No Processo de Eleição Direta (PED), que vai definir a presidência do PT, Rosemberg deve apoiar o candidato indicado por Rui Costa, enquanto Muniz deve seguir o nome bancado por Jaques Wagner.
Acabou a mamata
A partir de abril, chegará ao fim o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que salvou meio mundo de produtores e produtoras desde a pandemia. Isso porque a Receita Federal confirmou que o limite de renúncia fiscal, de R$ 15 bilhões, chegou ao fim em março. Com isso, no mês que vem, empresas de eventos, turismo e alimentação voltam a pagar impostos que haviam sido suspensos por causa do lockdown, medidas de isolamento e suspensão de atividades. Vai ser um Deus nos acuda e já é possível prever o caos nos preços de ingressos para shows marotos em todos os cantos de Salvador. Será que vai rolar aquela cortesia camarada? A NSP quer muito saber.
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