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Advogado é preso após se apropriar de mais de R$ 1,5 milhão de clientes

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Conhecido como ‘Dr. Smith’, o advogado maranhense é acusado de se apropriar de dinheiro em alvarás judiciais  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Mirante

Publicado em 23/12/2022, às 08h44 - Atualizado às 09h11   Cadastrado por Pedro Moraes



O advogado José de Ribamar Torreão Smith Júnior, conhecido popularmente como o ‘Dr. Smith’, foi preso pela Polícia Civil do Maranhão, nesta quinta-feira (22), em função da suposta apropriação de mais de R$ 1,5 milhão provenientes de alvarás judiciais de clientes. O mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça, foi cumprido em um bairro nobre de Fortaleza (CE), de acordo com informação publicada pelo site g1.

Ao todo, as investigações identificaram, pelo menos, 11 vítimas. De acordo com a polícia, as ações dos clientes eram tradicionais, já que eles contratavam os serviços do ‘Dr. Smith’ de forma dialogada. Contudo, o outro lado da moeda é quem agia de forma indevida. Isso porque o profissional de Direito sacava o dinheiro por completo, quando as ações eram julgadas procedentes.

Ele ainda deixava de repassar os valores aos clientes, antes de ‘meter o pé’. Diversos alvarás estão contemplados por indenizações por acidentes de trabalho que provocaram deficiência permanente nas vítimas, a exemplo da perda de membros. 

Na etapa posterior à prisão, José de Ribamar Torreão Smith Júnior também teve bens confiscados e contas bloqueadas, projetando o ressarcimento das vítimas. Acima de tudo, uma das pessoas lesadas foi Raimundo Bandeira, de 68 anos. Essa vítima contratou o 'Dr. Smith' para gerir um processo em que solicitava indenização em função de danos à saúde por 24 anos de trabalho como soldador.

Após aguardar 10 anos, ele notou alterações no processo, através do site da Justiça. Contudo, nos momentos em que tentava falar com o advogado, conseguia apenas se comunicar com a secretária.

"Eu queria conversar com ele para saber, para me explicar o que significava aquilo [as movimentações no processo], até porque eu disse pra ela [secretária] que, eu constituindo meu advogado, ele tem que me dizer o que está acontecendo. É obrigação dele. No entanto, ela me bloqueou", relatou Raimundo ao g1.

Raminho chegou a notar, somente no dia 15 de junho, pelo site, que a Justiça havia expedido alvará em seu favor, avaliado em R$ 433.749,05. Mais de dois meses depois, ele buscou a Justiça do Trabalho e foi surpreendido ao saber que todo o dinheiro havia sido sacado.

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