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Audiência pública acontece em meio a conflitos em comunidades quilombolas; saiba mais

Divulgação/ Ascom Cáritas Regional Nordeste
Audiência ocorreu na Assembleia Legislativa de Sergipe  |   Bnews - Divulgação Divulgação/ Ascom Cáritas Regional Nordeste

Publicado em 03/06/2022, às 18h16 - Atualizado às 18h40   Redação Bnews


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A carcinicultura (criação de camarão em cativeiro) tem avançado em territórios quilombolas no Estado de Sergipe. Recentemente, o quilombo Brejão dos Negros teve o manguezal devastado, devido a uma obra para implantação de criatório de camarões. Para discutir esses conflitos territoriais, foi realizada um audiência pública na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta sexta-feira (3).

Responsável pela realização da audiência, com a chancela da Frente Parlamentar Mista de Meio Ambiente, Segurança Alimentar e Comunidades Tradicionais, o deputado estadual Iran Barbosa (Psol) pontua a necessidade de valorizar os povos tradicionais e sua ancestralidade.

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“Ao pensar a cidade, os lugares e o campo, precisamos pensar também nas comunidades tradicionais que têm nos passado lições históricas de como conviver com a natureza e usá-la sem destrui-la de modo que se consigamos garantir o sustento para as pessoas sem que devaste o meio ambiente", avaliou.

Participaram da audiência lideranças comunitárias e representantes de comunidades como a Santa Cruz, no território quilombola Brejão dos Negros, que vem sofrendo ataques com o avanço da carcinicultura. Além de um representante do Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3, que apoia a luta de comunidades tradicionais.

“Nunca foi tão importante, no tempo tão sombrio que vivemos, a unidade, o fortalecimento e o comprometimento das entidades e representações na defesa do território quilombola, ribeirinhos e indígenas”, afirma o secretário regional na Cáritas Nordeste 3, Jardel Nascimento.

Presente na audiência, a professora da UFS e coordenadora do Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras de Sergipe (PEAC), Christiane Campos, alerta para a necessidade de respeitar os direitos das comunidades. "A poluição e a destruição desses ambientes ecológicos elimina a existência dessas populações. É importantíssimo que tenhamos uma educação ambiental que entenda o ser humano como parte desse ambiente”, enfatiza.

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