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Entenda o surgimento de cobras em banheiros de shoppings no Ceará

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Nos últimos dias, dois casos do surgimento de cobras em estabelecimentos comerciais no estado chamaram atenção  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 06/05/2022, às 09h42   Redação


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Nos últimos dias, o surgimento de cobras em banheiros de shoppings no estado do Ceará se tornou frequente. Em menos de um mês, dois casos foram registrados na cidade de Fortaleza e Região Metropolitana da capital cearense, como também já aconteceu em Salvador, o que tem assustado clientes dos centros comerciais.

Em abril, uma cobra da espécie jiboia foi vista em cima do vaso sanitário do banheiro de um shopping na cidade de Maracanaú. Já no início deste mês, um filhote da mesma espécie, em torno de 50 centímetros, foi resgatado também no banheiro de um centro comercial, desa vez, na capital Fortaleza.

Para o pesquisador Bruno Pessoa, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), alguns fatores influenciam para o surgimento desses animais em determinados ambientes. "Esses animais adoram lugares frios, úmidos e escuros e é por isso que os canos de banheiro podem ser muito agradáveis para elas, como outros lugares, a exemplo de oficinas, garagens, dentro de veículos e não necessariamente banheiros. Contudo, em primeiro lugar, o que as levam até estes locais é o esgoto com restos de comida dos quais elas podem se alimentar. Quando terminarem de comer no esgoto, eles procurarão uma saída, e os canos são o caminho mais fácil e rápido", explica.

Já para o biólogo Bruno Guilhon, associado ao Núcleo Regional de Ofiologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), os recentes casos também podem estar ligados ao tráfico de animais. "Em se tratando desses dois casos, dentro de banheiros de shoppings, há a possibilidade que sejam casos de animais oriundos de tráfico ou posse ilegal. As pessoas que estariam com esses animais podem ter entrado nas cabines, onde é reservado, e abandonado os animais para não serem identificados posteriormente", comentou em entrevista ao G1.

Outro fator apontado pelo pesquisador é a perda da cobertura vegetal nativa no estado, que abriga espécies de serpentes das que foram encontradas nos shoppings. Entre elas, a jiboia (Boa constrictor), Cobra-verde (Philodryas olfersii), Cobra d'água (Erythtolamprus poecilogyrus) e falsa-coral (Oxyrhopus trigeminus).

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