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Grande Recife tem maior percentual de pessoas na extrema pobreza entre metrópoles brasileiras

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Os dados da pesquisa foram divulgados nessa segunda-feira , no Boletim das Desigualdades nas Metrópoles  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Tv Globo

Publicado em 09/08/2022, às 08h35   Redação


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Uma pesquisa apontou Recife como a região metropolitana com maior percentual de pessoas em extrema pobreza no Brasil. O levantamento foi realizado pelo Observatório das Metrópoles, a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). Os dados foram divulgados nessa segunda-feira (8), no Boletim das Desigualdades nas Metrópoles.

De acordo com o G1, mais de 19,8 milhões de pessoas vivem em situação de extrema pobreza no Brasil, ou seja, com renda per capita menor do que R$ 160 por mês. Segundo a pesquisa, 13% da população da Grande Recife se encaixa nessa situação, depois vem outras capitais como: Salvador (12,2%), Manaus (11,1%), João Pessoa (10,7%) e São Luís (10,1%).

Ainda segundo o estudo, realizado a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 39,7% das pessoas do Grande Recife vivem abaixo da linha da pobreza. Isso quer dizer que a renda per capita dessas famílias é menor que R$ 465. Somando-se os dois percentuais, é possível dizer que mais da metade da população do Grande Recife é pobre ou extremamente pobre. Os dados têm como referência o ano de 2021.

"O nível de pobreza responde pela renda média e pela distribuição dos recursos. No Nordeste, em geral, o nível de rendimento médio tende a ser um pouco mais baixo do que no Sudeste e o Sul, por exemplo. E ao mesmo tempo você tende a ter uma distribuição de renda pior, ou seja, você tende a ter uma desigualdade maior", explicou o pesquisador da PUCRS André Salata, um dos coordenadores do Boletim Desigualdade nas Metrópoles.

O boletim mostrou também que, durante a pandemia, houve melhora dos indicadores, por causa do auxílio emergencial de R$ 600. Mas, com a suspensão do benefício em 2021 por decisão do governo Federal houve uma "explosão" da pobreza.

De acordo com o governo, 1.546.569 famílias estão em situação de extrema pobreza em Pernambuco e outras 174.717 estão em situação de pobreza.  “Um dos principais fatores para chegarmos a essa situação foi justamente o desmonte de algumas políticas de desenvolvimento econômico que estavam sendo implementadas em Pernambuco. O canteiro de obras que se tornou, com a Jeep, em Goiana, e o Porto de Suape recebendo indústrias, acabou a partir desse governo federal sendo desidratado”, disse o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Edilazio Wanderley.

O secretário também comentou a situação da informalidade vivida por muitos trabalhadores no estado. "Recife à época da sua construção era terra dos mascates, do mercado informal. A gente tem uma cultura dentro do nosso ambiente social de comércio informal e com a pandemia e crise sanitária isso se intensificou muito", justificou.

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