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Imagem de santa na entrada de prédio vira caso de Justiça e moradora quer R$ 15 mil por dano moral

Imagem Imagem de santa na entrada de prédio vira caso de Justiça e moradora quer R$ 15 mil por dano moral
A autora da ação afirmou que foi decidido entre os condôminos a retirada da imagem, o que não teria sido cumprido  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/03/2022, às 11h00   Redação


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A presença de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima no hall de entrada do Edifício Canavial, em Casa Forte, na Zona Norte de Recife, foi parar na Justiça. Uma moradora quer a retirada da santa e também R$ 15 mil em indenização por danos morais supostamente cometidos pela síndica, uma vizinha e pelo condomínio.

Segundo o G1, a ‘batalha’ começou em 2019, quando a moradora Mônica Alves Gadelha de Albuquerque pediu, em reunião de condomínio, que fosse retirada do hall de entrada a imagem "de cunho religioso", conforme consta em ata de audiência realizada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE).

A autora da ação afirmou que foi decidido entre os condôminos a retirada da imagem, o que não teria sido cumprido. A decisão judicial sobre o caso deve ser proferida no fim deste mês.

A imagem fica no térreo do edifício, mesmo andar em que mora a aposentada Sueli Quintas, dona da santa. Em 2019, houve uma audiência de conciliação em que foi proposto que a santa fosse colocada fora do campo de visão da autora da ação, o que, inicialmente, foi aceito. Entretanto, ela não abriu mão da indenização por danos morais. Por isso, as partes não chegaram a um acordo.

"A santa vivia nesse local há mais de três anos. Eu nem era dona da imagem e e não sabia nem o nome dessa pessoa que morava há mais de 20 anos perto de mim. A dona da santa foi procurada pela síndica para remover a imagem, mas nós, moradores, ficamos revoltados com a atitude, porque no prédio todo é liberado para colocar qualquer objeto", afirmou.

A aposentada alegou que, embora na reunião de condomínio tenha sido acordada a remoção de todos os objetos pessoais das áreas comuns, não foi dado um prazo para que isso ocorresse.

O advogado de Mônica, Romero Batista de Almeida Florêncio, disse que não foi autorizado a conceder entrevista e que a cliente também não se pronunciará. O advogado Oderson Acioli, que representa Sueli, disse que, atualmente, o valor da indenização pedido chega a R$ 24 mil, em valores atualizados. Ele contou, ainda, que diante da recusa de conciliação, decidiu pedir o mesmo valor em indenização para a cliente dona da santa.

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"Ela não abriu mão dos danos morais de R$ 15 mil, porque se sentiu constrangida pela presença da santa. A audiência foi interrompida, porque fiz um pedido contra ela, com os mesmos R$ 15 mil por danos morais e a continuidade da santa no local. Foram duas audiências de mais de uma hora e meia, de um assunto que devia ser resolvido no fórum máximo do condomínio", afirmou o advogado.

O advogado Rogério Neves Baptista, que representa o edifício e a síndica Maria Clara Raposo Salazar, reiterou a informação de que, na reunião de condomínio, não foi estipulado um prazo para retirada da santa do hall de entrada.

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