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Irmãs negras são revistadas por policiais militares dentro de loja: 'humilhada'

Reprodução/TV Sergipe
As irmãs negras foram acusadas de terem furtado dentro de uma loja em Sergipe  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Sergipe

Publicado em 20/12/2022, às 09h57   Nilson Marinho


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A babá Simone Matos, 38 anos, e a empregada doméstica Mônica Mattos, de 46, prestaram queixa após terem as bolsas revistadas por policiais militares, na última sexta-feira (16), dentro de uma unidade da Loja Marisa, no centro de Aracaju, em Sergipe. As duas, que são irmãs, afirmam que foram vítimas de racismo, além de terem sido constrangidas pelos agentes que as abordaram na frente de outros clientes.

“Não tenho dúvida de que foi racismo, porque se fosse uma pessoa branca isso não teria acontecido. Foi um constrangimento porque todo mundo viu a hora em que os policiais nos abordaram e nos levaram até a salinha”, disse Simone, em entrevista ao g1.

De acordo com o advogado das irmãs, os policiais militares foram acionados por funcionários da loja. Agora, a defesa pretende ajuizar uma ação de indenização por danos morais pelo constrangimento sofrido pelas vítimas.

“Eu quero justiça, que resolvam esse problema. A gente nunca acha que isso vai acontecer com a gente. É triste, é humilhante. Graças a Deus minha cunhada teve ideia de fazer o vídeo, porque seria a palavra deles contra a nossa”, completou a babá.

A Polícia Militar informou ao portal que os agentes foram acionados pela loja e que nada de ilícito foi encontrado com as irmãs. Já a Polícia Civil disse que o caso está sendo investigado pelo Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV).

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