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Maranhão é o sétimo estado com maior registro de crimes de homofobia do país

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De acordo com dados do Observatório de Políticas Públicas LGBT, em 2020, foram registradas 10 mortes de homossexuais no Maranhão.  |   Bnews - Divulgação Divulgação / GOV MA

Publicado em 22/04/2022, às 08h21   Redação


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O Maranhão é o sétimo Estado com o maior registro de crimes de homofobia do país. Só em 2020 foram registradas 10 mortes de homossexuais no Maranhão, segundo dados do Observatório de Políticas Públicas LGBT. Esse número ainda pode ser maior devido às sub-notificações e muitas vezes a violência é iniciada dentro do ambiente familiar.

De acordo com o portal G1, uma instituição de apoio, Casa Floreser, foi criada em São Luís para acolher essas pessoas em situação de vulnerabilidade. “Nós temos 12 pessoas acolhidas na casa, porém nós temos uma fila de mais de 50 pessoas que nos procuram para serem acolhidos e nós não detemos de estrutura suficiente. A nossa estrutura física é até para 90 pessoas. Hoje nós temos só esse número por falta de parceria”, disse a presidente da Casa, Raissa Mendonça.

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O Brasil está classificado entre os países do mundo que mais mata pessoas transgêneros. Um relatório mundial mostrou que dos 325 assassinatos de trans registrados em 71 países, 171 casos foram no Brasil, no período de 2016 e 2017.

Para a vice-presidente do instituto a intolerância começa, em sua maioria, no seio familiar. “A intolerância começa no seio da família, puramente porque não conseguem lidar com a diversidade sexual e com as pessoas trans”, revelou.

Para conscientizar a população sobre o crime de preconceito e violência contra os homossexuais, o Tribunal de Justiça do Maranhão lançou a campanha “LGBTFOBIA não é opinião, é crime”.

“A violência contra a pessoa LGBT era muito difícil de ser quantificada aqui no Maranhão porque até pouco tempo atrás não havia a especificação nos boletins de ocorrência da tipificação de crime, de motivação, de motivação homofóbica, transfóbica, etc. Espera-se que agora seja mais fácil tabular esses tipos de dados para que mais políticas públicas possam ser desenvolvidas para proteger essa população e conscientizá-las cada vez mais dos seus direitos”, finalizou o servidor do Tribunal de Justiça, Luciano Vilar.

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