BNews Nordeste
Publicado em 09/06/2022, às 13h31 Redação BNews
A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que desobrigou as operadoras de saúde a cobrir procedimentos fora lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) gerou um pesadelo na vida da dona de casa Germana Soares, de 31 anos. Mãe de Guilherme, de 6 anos, que tem microcefalia e transtorno do espectro autista, ela contou em entrevista ao G1 que recebeu um telefonema do plano enquanto acompanhava de casa a votação no STJ.
Na ligação, a funcionária da operadora de saúde afirmou que iria verificar se a terapia intensiva TheraSuit, que ele solicitou para o filho estava na lista da ANS.
"Quem nasce pobre no Brasil é condenado. A gente vive em um país em que o dinheiro fala mais alto que a vida. Esses ministros não sabem o que é ir para a fila de um SUS [Sistema Único de Saúde] de madrugada, passar meses esperando", declarou Germana.
De acordo com o G1, aos 20 dias de vida, Guilherme já fazia todos os tratamentos que eram possíveis. Pelo plano de saúde a que tinha direito por causa do trabalho do pai, chegou a fazer até o TheraSuit, que tem eficácia no tratamento de distúrbios motores.
Atualmente, com outro plano de saúde, foi necessário, novamente, fazer a solicitação para o tratamento.
Seis dos nove ministros da Segunda Seção votaram para definir que a lista da ANS contém toda a cobertura obrigatória. A decisão atinge exames, terapias, cirurgias e fornecimento de medicamentos, por exemplo.
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