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Grupo de pessoas LGBTQIA+ com deficiência cria plataforma que mapeia locais com base na acessibilidade

Divulgação/Vale PCD
A ONG “Vale PCD” foi criada em 2020 e promove ações para LGBTQIAP+ com deficiência  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Vale PCD

Publicado em 12/06/2023, às 15h01   Cadastrado por Mariana De Siervi


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Um grupo de pessoas LGBTQIAP+ com deficiência de Recife, Pernambuco, lançou no último sábado (10), uma  plataforma digital que tem como objetivo disponibilizar um mapeamento de locais baseado na acessibilidade. As informações são do G1. 

A plataforma se chama "Mapa de Acessibilidade" e nela consta informações sobre como está a infraestrutura de bares, cafés, restaurantes, shoppings, casas noturnas, instituições de ensino, parques e academias.

No mapa, pode-se fazer avaliações desses lugares de 0 a 5 com base nos recursos de acessibilidade, como  struturas como rampas de acesso, banheiros adaptados e elevadores que eles venham a oferecer para pessoas PCD. 

A grande responsável por esse projeto é a ONG "Vale PCD", que promove ações voltadas para esse público.

A fundadora e diretora da ONG, Priscila Siqueira em entrevista para o Portal G1, comentou mais sobre as motivações para lançar o "Mapa de Acessibilidade": "Tive a ideia do mapeamento, justamente, pensando no contexto dos meios LGBTs que eu frequentava. Eu ia a uma balada, a um bar ou roda de conversa e, geralmente, era a única pessoa com deficiência que estava presente. Quando eu queria conhecer um logo novo, precisava de informações de como ele era por dentro e, geralmente, não existia esse tipo de informação em lugar nenhum", disse a diretora e fundadora da ONG". disse

Outro fundador da "Vale PCD", falou de sua insegurança na hora de frequentar lugares: "Muitas vezes, deixava de ir a um evento porque não tinha acessibilidade nenhuma. Já aconteceu de ser carregado por segurança ou por amigos ",falou Emmanuel Castro.

O MAPA

Também em entrevista, o diretor de Tecnologia da Vale PCD, Thiago Vinícius relatou que as pessoas que venham a acessar a plataforma, podem cadastrar estabelecimentos e avaliá-los e ainda podem relatar sobre experiências que tiveram nesses locais. 

"O que seria um recurso acessível para uma pessoa talvez não seja para outra. Quando a gente fala de acessibilidade, surge muito essa imagem inicial de que é para pessoas cadeirantes e se pensa logo em rampa. Mas, na verdade, a mesa e a cadeira baixa, uma iluminação boa, piso tátil, e diversos outros recursos para diferentes tipos de deficiência, a gente está mapeando também", explicou o diretor.

Além disso, os usuários do mapa podem marcar o perfil do estabelecimento, podendo também atribuir notas pelas experiências que tiveram nesses locais. 

"Vai ter também os lugares que não têm recursos, porque, antes de sair de casa, já vejo e evito ir a um lugar que não tenha os recursos de que preciso. A intenção da gente é movimentar as pessoas para que elas cadastrem mais lugares e influenciar para que os próprios empreendedores comecem a pensar um pouco mais sobre a acessibilidade nos estabelecimentos", finalizou Thiago.

Classificação Indicativa: Livre

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