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Rodoviários mantêm greve pelo 22º dia; nova proposta será apresentada a empresários e prefeitura de Teresina

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A categoria não aceitou a proposta de retirada de 20% dos cobradores dos ônibus  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Clube

Publicado em 11/04/2022, às 19h57   Redação BNews


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Os trabalhadores do transporte público de Teresina decidiram manter a greve que já dura 22 dias, após uma assembleia realizada nesta segunda-feira (11). O sindicato dos trabalhadores (Sintetro) informou que deve elaborar nova proposta para levar aos empresários e à prefeitura. A categoria não aceitou a proposta de retirada de 20% dos cobradores dos ônibus e nem a proposta de reajuste salarial apresentada.

Segundo reportagem do g1, essa foi uma das condições para colocadas pelas empresas para reduzir custos e manter o funcionamento do transporte. Mas para os trabalhadores, a medida deve levar à demissão de muitos cobradores. Eles afirmaram temer que, em negociações futuras, esse percentual de cobradores retirados vá crescer, até demissão completa.

A categoria também não aceitou a proposta de reajuste salarial, considerado baixo para atender as demandas.

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De acordo com o g1, na capital, as empresas estimam que 180 mil pessoas estejam sendo afetadas pela greve. Não há ônibus circulando na cidade mesmo após três decisões judiciais que determinaram a circulação de pelo menos 80% da frota em horários de picos.

A população tem recorrido a ônibus alternativos, cadastrados pela prefeitura. As outras alternativas são os "ligeirinhos", táxi, moto-táxi e transporte por aplicativo. Os valores, superiores à passagem de ônibus, pesam no bolso do trabalhador.

Ainda segundo a reportagem, o presidente do Sintetro Antônio Cardoso afirmou que os salários dos trabalhadores do setor estão congelados desde 2019, e em 2020 os trabalhadores ficaram sem ticket alimentação e plano de saúde.

Os cortes nos salários aconteceram em acordo com os empresários durante o pico da pandemia da Covid-19, em que a demanda pelo transporte reduziu na capital. Assim, os trabalhadores receberiam, por um determinado período, por horas trabalhadas. Mas não foi o que aconteceu, mesmo após o retorno normal das atividades, o pagamento normal do salário (cerca de R$ 1700) não aconteceu. Alguns profissionais relataram ganhar, há alguns meses, apenas R$ 80 e fizeram campanha de arrecadação de alimentos.

Já o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) disse que perdeu a capacidade de operar o sistema de transporte após a queda de arrecadação durante a pandemia de Covid-19, e que a Prefeitura de Teresina teria parado de repassar recursos para custear as gratuidades e descontos para as empresas.

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A prefeitura nega que esteja descumprindo as obrigações. Sobre a greve, o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (MDB), informou que a "culpa é dos empresários" e que "está aberto ao diálogo". O vice-prefeito, Robert Rios (PSB), foi alvo de críticas ao ironizar a greve, dizendo que não tinha relação com o tema por não ser nem usuário e nem empresário do transporte.

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