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Troca de cadáveres: Família denuncia hospital por entregar corpo errado de parente

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A Secretaria de Saúde do Estado reconheceu a troca de cadáveres ocorrida entre os pacientes que morreram no mesmo dia na unidade de saúde  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Tv Globo

Publicado em 28/07/2022, às 07h32   Redação


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Um caso de troca de cadáveres realizado pelo Hospital Getúlio Vargas (HGV), uma das maiores unidades públicas de Pernambuco, está sendo investigado pela Polícia Civil. A Secretaria de Saúde do Estado confirmou o erro na entrega dos corpos às famílias de pessoas que faleceram no mesmo dia.

De acordo com o G1, o caso foi denunciado pela família de Amilton Gomes da Hora, de 67 anos que morreu no sábado (23) após uma semana internado com uma infecção generalizada na unidade de saúde. O hospital dificultou a identificação do corpo já que a atual esposa não tinha documento formal que comprovasse a união e o necrotério da unidade só permitia que parentes de primeiro grau liberasse o corpo. “Ele morreu às 16h44 do sábado. A gente só soube de noite, por volta das 20h. No domingo (24), eu e a minha mãe, Sebastiana, fomos ao Serviço Social, por volta das 7h”, afirmou a enteada de Amilton, a assistente administrativa, Roberta Alves.

Apesar da restrição, um funcionário autorizou que Roberta tirasse uma foto da Declaração de óbito para registrar o Boletim de Ocorrência na polícia. “Quando vi, tinha escrito no documento que o corpo era de uma pessoa branca. Seu Amilton não era branco. Achei estranho. Foram checar a identidade e só autorizaram a retirada do corpo na segunda (25), com um irmão dele”, afirmou Roberta.

Além das informações incorretas apresentadas no documento, o corpo entregue a família tinha características distintas das apresentadas por Amilton. “O corpo que entregaram tinha as duas pernas e seu Amilton tinha sofrido uma amputação de um membro inferior”, observou o advogado Rosano Apolinário da Silva, contratado para representar a família. “A gente quer saber o que aconteceu, se houve a troca de cadáveres ou se o corpo de Amilton está perdido no hospital”, declarou.

No mesmo dia da morte de Amilton, outro paciente do hospital faleceu e o corpo foi entregue a família. Por isso, a suspeita é que possa ter sido o corpo de Amilton que tenha sido levado para o interior de Pernambuco onde foi realizado o enterro. “Vamos entrar com uma ação no Ministério público para tomar as providências”, afirmou a enteada.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que “estava apurando os fatos que resultaram na troca dos corpos de dois pacientes atendidos no serviço e prestando assistência aos familiares dos pacientes”. Ainda segundo o governo, “todas as informações estão sendo repassadas aos parentes”. A unidade de saúde, disse o estado, “acionou o setor jurídico para a adoção das medidas necessárias”, disse o texto do documento.

A Polícia Civil também disse, em nota, que a ocorrência foi registrada por uma mulher de 58 anos que afirmou que o corpo apresentado como “liberado” pela unidade de saúde não era o de seu companheiro. “As investigações foram iniciadas e seguem até o total esclarecimento do fato”, disse a corporação.

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