Personalidade

Filha de pastores evangélicos é a nova baixista do Charlie Brown

Imagem Filha de pastores evangélicos é a nova baixista do Charlie Brown
Lena Papini foi convidada para tocar na “Banca”   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/05/2013, às 07h07   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Lena Papini estava numa reunião de trabalho em um escritório de arquitetura em São Paulo, quando recebeu uma daquelas ligações que mudam a vida da gente. Do outro lado da linha era Marcão, integrante da banda Charlie Brown Jr, que queria convidar Lena para assumir o baixo da banda A Banca, que os meninos formaram depois da morte de Chorão. Conforme matéria do site Ego.

“Eu estava muito feliz no escritório. Mas é um emprego mais legal agora, né? E quando eles me ligaram, o que veio na minha cabeça é que eu ia ter que mudar muita coisa. Não pensei muito em não aceitar. Largar tudo e pedir demissão eu sabia que teria que fazer porque não tinha como falar ‘não’ para uma oportunidade dessas”, lembra ela.
Lena começou a tocar baixo num lugar bem distante dos palcos e do universo rock. Foi na igreja evangélica onde os pais eram pastores em Santos que ela teve seu primeiro contato com o instrumento aos 11 anos: “Comecei a tocar baixo por necessidade e depois fui me apaixonando. Acabei aprendendo outros (instrumentos) depois, mas não larguei mais.”

E não largou mesmo. Na adolescência, ela já tinha banda e tocava na noite, o que deixava os pais, de uma criação mais conservadora, tensos. “Quando eu comecei, era muito novinha, e eles ficaram muito preocupados, conversavam muito comigo, se era mesmo isso que eu queria. Depois, eles viram que estava rolando com responsabilidade, que eu saía para tocar, voltava para casa com a minha graninha, não chegava doidona dando trabalho... Eles foram vendo aos poucos que era um trabalho mesmo!", conta.

Apesar de toda a experiência, Lena ainda não consegue fazer os pais não se preocuparem, mas garante que eles curtem o momento que ela vive com A Banca. “Eles têm uma visão diferente, uma preocupação muito grande com esse meio, o que pode acontecer, sabe? Com relação às drogas, bebidas, os lugares que a gente possa frequentar. Agora que aconteceu isso, eles encararam como uma grande conquista pra mim. Uma coisa nova, mas eles já viram antes que podem confiar. Eles tão muito felizes, vejo meu pai compartilhando as coisas no Facebook', diz, orgulhosa.

A Banca

A banda tem uma missão difícil pela frente: agradar antigos fãs do Charlie Brown Jr e, ao mesmo tempo, conquistar seu próprio espaço no cenário musical. “As pessoas ainda estão começando a entender por que a gente trocou de nome, por que ainda vai ter um disco do Charlie Brown a ser lançado ao mesmo tempo que A Banca já existe. Mas é difícil separar os quatro meninos disso tudo que aconteceu, eles são quatro Charlie Browns”, explica Lena.


Ela conta que logo no começo sofreu um pouco de rejeição: “Algumas pessoas ficaram enciumadas por eu estar lá. No começo, muita gente questionou o que uma menina estava fazendo no Charlie Brown.” Foi por causa de Champignon, Marcão, Thiago e Bruno Graveto, seus novos companheiros, que o público aprendeu a abraçar Lena. “Eles têm um carinho tão grande pela banda que acreditaram nessa escolha e me acolheram como se me conhecessem há muito tempo, me tratam como se a gente tivesse tido uma história juntos e ela acabou de começar”, diz ela, que se apresentou com o grupo pela primeira vez em Lorena, São Paulo, no último dia 5.

Antes do primeiro show da turnê, ela confessa que foi difícil segurar a ansiedade: “Eu estava muito nervosa. Eu tenho estado muito nervosa desde que isso tudo aconteceu (risos). Desde que a gente começou a se aproximar das primeiras apresentações, as coisas começaram a complicar para o meu lado um pouco. Parei de dormir, comer... Porque é muito diferente o que está acontecendo agora de tudo que eu já fiz antes.”

Ainda se acostumando, ela conta com o carinho dos companheiros de banda, que já conhecia, e espera que A Banca tenha vida longa. “O que eu quero que aconteça é que a gente faça muitos shows e toque muito, porque é muito legal estar lá, ver as pessoas lá para te ver e cantando todas as músicas. É uma coisa surreal. É isso que eu espero, que a gente tenha pelo menos mais 20 anos pela frente, que a história d’A Banca seja tão forte quanto a do Charlie Brown foi na vida das pessoas, faça tanta diferença.”

Foto: divulgação / site Ego


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