Personalidade

Escultor e artista plástico baiano Emanoel Araujo morre, em São Paulo, aos 81 anos

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Emanoel Araujo era curador do Museu Afro Brasil e começou a carreira em Santo Amaro da Purificação  |   Bnews - Divulgação Reprodução // YouTube

Publicado em 07/09/2022, às 14h35   Redação BNews



O artista plástico e escultor baiano Emanoel Araujo, curador do Museu Afro Brasil, morreu nesta quarta-feira (7), aos 81 anos, em São Paulo. Ele foi encontrado sem vida por um funcionário do museu em sua residência, no bairro da Bela Vista, região central da capital paulista, por volta das 10h desta quarta-feira (7).

"Emanoel Araujo sempre foi um patriota que elevou e divulgou o Brasil e a cultura do nosso país... Emanoel Araújo foi um ícone da cultura negra no Brasil. Artista, professor, pesquisador e gestor público de múltiplos talentos, Emanoel deu uma nova dinâmica à Pinacoteca de São Paulo, fundou o Museu AfroBrasil e trabalhou durante toda sua vida pela valorização da história da arte afrodescendente brasileira e da arte africana. São Paulo seguirá com seus ensinamentos”, diz comunicado emitido pelo Museu. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), decretou luto oficial de três dias no estado.

Vida e obra

Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no 15 de novembro de 1940. Em 1959, fez sua primeira exposição individual ainda em sua terra natal. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia (UFBA), onde estudou gravura.

Sua primeira premiação nacional foi em 1966, por sua participação na II Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e, no circuito internacional, foi premiado, em 1972, com a medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. No ano seguinte, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor, segundo o G1.

Foi diretor do Museu de Arte da Bahia (1981-1983). Lecionou artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York (1988). Entre tantos outros cargos e realizações profissionais, expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas.

Durante sua gestão no Museu Afro Brasil, a exposição “Africa Africans”, da qual foi curador, foi premiada como melhor exposição de 2015 pela ABCA. Como curador independente, sua exposição “Francisco Brennand Senhor da Várzea, da Argila e do Fogo” recebeu o prêmio Paulo Mendes de Almeida, como a melhor exposição realizada no país no ano de 2017.

Emanoel Araújo estava trabalhando atualmente para levar ao Museu Afro Brasil, em novembro, uma exposição temática sobre o bicentenário da independência, entrelaçando duas datas: o 7 de setembro, dia da proclamação da independência do país, na capital paulista, e 2 de julho de 1823, data de efetivação do movimento da independência baiana que efetivou o processo de emancipação do Brasil.

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