Personalidade

Sepultamento de Raimundo Varela reúne familiares, colegas de trabalho, políticos e fãs

Joilson Cesar / BNews
O sepultamento de Raimundo Varela acontece no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador  |   Bnews - Divulgação Joilson Cesar / BNews

Publicado em 07/09/2023, às 14h29   Redação


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Familiares, amigos, colegas de trabalho e fãs prestam a última homenagem para Raimundo Varela, na tarde desta quinta-feira (7), no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador. O apresentador e radialista morreu, nesta manhã, aos 75 anos. A causa da morte não foi divulgada pela família.

bruno reis

Entre os que estiveram presentes no momendo de despedida do comunicador, personalidades e políticos, como o prefeito de Salvador, Bruno Reis, e o ex-vice governador da Bahia, João Leão. Nomes conhecidos do jornalismo também marcaram presença.

Para o prefeito, Varela foi uma figura marcante e é uma inspiração para as futuras gerações: "Esse caráter popular que o Varela tinha isso foi muito marcante, né? Com certeza. Hoje Salvador e a Bahia se despede de um dos maiores comunicadores da história do nosso estado. A gente tem momentos assim marcantes com Varela, ele levando informação, mas também cobrando das autoridades, ao poder público, melhorias para a vida das pessoas. Varela, sem sombra de dúvidas, com aquele cartão verde, com o cartão vermelho, deixou a sua marca no jornalismo, os exemplos dele, tenho certeza que vão servir para inspirar gerações presentes e futuras pra que a gente tenha um jornalismo cada vez mais sério, independente."

joão leao

O deputado Robson Almeida define o comunicador como vitorioso: "Varela é um vitorioso, no amplo sentido da palavra, alguém que não veio da formação da faculdade de comunicação, mas tinha um talento nato e criou um estilo próprio, um estilo de defender os mais pobres, mais humildes, uma maneira enérgica de bater na mesa, de criar os seus bordões, é um vitorioso, bi transplantado, durante 17 anos, com rim e fígado que não eram dele. Ele também era portador de uma vibração interna, de uma energia, de uma vontade de viver que contagiava todos nós. Então creio que a Bahia perde um dos seus maiores comunicadores".

Jeferson Freire, filho do apresentador também conversou com a nossa equipe e expressou gratidão a memória do pai: "Gente eu reclamava a carência como filho mais velho...sempre quem mais reclamou, essa carência... porque meu pai só é vinte anos mais velho, mais ou menos, do que eu. Então, quando eu tinha vinte, meu pai tinha quarenta. Então, a gente jogou bola junto. A gente fez muitas coisas juntos e essa valorização que ele deu ao trabalho teve esse legado que é pra sociedade."

Colegas de trabalho demonstraram a admiração e prestaram homenagem ao ícone da comunicação baiana. O jornalista Adelson Carvalho, relembrou momentos marcantes com o amigo:

"Eu sempre tenho boas lembranças dele, né? Mais cedo, por exemplo, eu estava olhando meu álbum de casamento e ele está lá no meu álbum de casamento, inclusive tem uma foto no meu INSTAGRAM que foi a foto que eu resolvi é usar para homenageá-lo junto com minha esposa e dona Sheila né? Então Varela pra mim eu só tive coisas boas né? Sinceramente, Sempre que eu precisava ele me atendia, ele me tratava muito bem, né? Prova disso é esse laço de amizade que se transformou no meu padrinho de casamento. Então isso aí já fala muito por si só, não é? (...) e eu sinto, sinto a maior honra de ter seguido os passos dele né? E eu vou continuar sempre lembrando quando eu quiser reforçar alguma coisa que eu vou precisar eu vou ver os vídeos dele. Ele tinha um lado engraçado, tinha um lado polêmico, sabia cobrar, o tapa na mesa dele era o tapa na mesa que a Bahia inteira parava, né? Abalava esse estado, então o Varela é o nosso líder maior da comunicação baiana, né? E eu tenho a honra de ter trabalhado com ele e ter tido a oportunidade no rádio e na TV, né? Duplamente, Rádio e TV, isso é uma honra dupla também pra mim."

O jornalista Pedro Sento Sé disse que Varela atravessou gerações e foi um grande mestre:

"Ninguém maior do que ele pra poder representar o povo de uma maneira tão fidedigna como ele fez, tanto na TV, quanto na rádio. Foi um grande mentor, uma grande referência e você vê que num dia como hoje, sete de setembro, feriado, olha só quanta gente tá aqui, para reverenciar o grande mestre, né? Que ele foi, que ele sempre será, porque por mais que hoje as novas gerações, talvez, não tenham a dimensão de quem era a Varela, né? Varela conseguiu atravessar diversas gerações, né? Conseguiu fazer com que a voz dele fosse ouvida pelos quatro cantos desse estado, desse país, foi o grande nome, né? Do que a gente hoje sabe o que é o Balanço Geral, mas ele começou lá atrás com o povo na TV, dando voz, dando vez ao povo e principalmente colocando o povo para ser protagonista. O povo que era sempre secundário com ele tinha, tinha o primeiro lugar sempre."

Zezinho da Ribeira , operador de áudio que trabalhou com Varela por mais de 20 anos, ressaltou a importância da relação que ele definou como de pai e filho:

"É... pra mim foi uma honra, né? Eu sou suspeito de falar porque todos sabem que eu tinha nele, tinha não, tenho eternamente como um pai, uma pessoa que me ajudou muito pessoalmente, profissionalmente. Então, eu tinha orgulho muito grande, muito grande mesmo de trabalhar com ele(...) aquela coisa de pai pra filho, de um profissional extremo da palavra, um ser humano, sabe? Eu não sei nem o que dizer mais... como ser humano porque ajudou muita gente, fez muitos profissionais, entendeu? Um cara emotivo ao extremo e a única palavra que eu tenho pra ele e acredito que o povo baiano também é gratidão

Morte de Raimundo Varela

Morreu, nesta quinta-feira (7), o apresentador da Record Tv Itapoan, Raimundo Varela, aos 75 anos. 

No ano de 2006, Raimundo Varela Freire Júnior ficou com a saúde comprometida após enfrentar problemas renais e de diabetes. O radialista precisou ser internado às pressas no Hospital Aliança, em Salvador, e foi submetido a um transplante de fígado e rim em São Paulo.

Raimundo Varela nasceu em Itabuna (BA) e foi  morar na capital baiana ainda criança ao lado dos pais no bairro de Periperi, no Subúrbio Ferroviário. Antes de se tornar um grande comunicador baiano, ele foi peão de uma fábrica de cimento no CIA (Centro Industrial de Aratu), diretor de um clube social na Cidade Baixa, taxista e jogador de futebol pelo Leônico e pelo Ypiranga.

Classificação Indicativa: Livre

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