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Cãolunista esclarece os mitos sobre a castração em cães e gatos

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Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 16/07/2021, às 05h55   Oreo, o Cãolunista


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Olha eu aqui de novoooo, genteee!! Voltei e vou esclarecer um assunto muito importante: a castração de pets. Eu ainda não fui castrado. Um humano diz que quer netos, enquanto o outro quer que eu perca as minhas bolinhas. Mas, eu devo ser operado, porque, diferente do que muitos pensam, a castração é saudável para o animal, quando não se pensa em reprodução.

Vou explicar tudo pra vocês, humanos! A castração é a única forma de prevenir que mais e mais animais nasçam e que filhotes acabem nas mãos de pessoas que os abandonam por negligência. ‘Ah, Oreo, mas você está defendendo a dizimação de cães e gatos?’. Claro que não, ô, criatura!!

Eu, o Cãolunista, conversei com a veterinária Letícia Santos e ela me disse que é preciso, urgentemente, combater os mitos disseminados sobre a castração em cães e gatos. Ela me contou que muitos estudos científicos mostram que animais castrados vivem mais e ficam mais protegidos contra vários tipos de câncer e outras doenças.

Além disso, humanos, comportamentos indesejáveis, como agressividade, latidos excessivos e marcação de território com urina também são eliminados ou diminuídos. Aqui chegamos ao ponto em que a minha castração é hiper defendida por meu professor de adestramento. Eu ando meio rebelde e (como dizem por aqui) tarado!! É isso mesmo! Meus hormônios de adolescente estão à flor da pele e eu preciso de uma namorada (ou da castração).

Até no meu amigo Ubaldinho eu já avancei, porque estava sentindo o cheiro de uma fêmea linda!! Então, meu professor defende que esse meu comportamento agressivo pode ser reduzido com a castração. Por isso, vou listar aqui os mitos sobre a castração dos pets:

  • Animais castrados são mais tristes? MITO. Isso não existe, gente! Dizer que uma fêmea vai ficar depressiva porque não teve cria é algo absurdo. Animais felizes são aqueles bem cuidados;
  • Animais precisam de, pelo menos, uma cria antes da castração? MITO! A doutora Letícia me explicou que não existe nenhuma fundamentação científica para essa crença. Pelo contrário, a castração da fêmea depois do primeiro cio traz benefício, assim como para os machos jovens, prevenindo comportamentos indesejáveis, como marcação por urina;
  • Animais castrados são menos saudáveis? MITO! Muito pelo contrário. Animais castrados vivem mais e têm menor risco de desenvolver algumas doenças, como tipos de cânceres;
  • Animais precisam de sexo para serem felizes? MITO! A libido de cães e gatos acontece da mesma forma dos humanos, a partir de hormônios, que podem ser em alta ou baixa intensidade. Além disso, nós, cachorros, somos atraídos pelo cheiro da fêmea no cio. O que acontece é que os animais castrados não reagem a esse estímulo hormonal.

Agora, humano, é muito importante que a gente tenha consciência que alguns comportamentos, como a agressividade e até aquele hábito feio de ‘trepar’ numa perna, nem sempre são resolvidos com a castração, principalmente quando a gente fala de machos. 

A veterinária Letícia Santos afirmou que, se estes forem comportamentos adquiridos ao longo da vida do animal, mesmo castrado, ele vai precisar ser treinado para que possa melhorar. Isso aconteceu com meu tio Dendê, que mora lá em São Paulo, com uma das minhas avós!! Ele castrou muito novinho, mas até hoje faz uma girafa de pelúcia de escrava sexual (xii, contei!!).

Agora, fazendo uma distinção entre cães machos e fêmeas, a castração da fêmea acontece, principalmente, para evitar uma doença chamada piometra, que é muito grave a acomete cadelas que têm cio regular.

“Na castração da fêmea, todo o órgão reprodutor do animal é retirado e ela passa a não produzir mais o estrogênio, que é o hormônio feminino. Como todo animal produz testosterona (hormônio masculino), quando você tem uma baixa de estrogênio, a testosterona que já é produzida começa a “aparecer” mais”, explicou a veterinária.

Isso faz com que, muitas vezes, a fêmea, após a castração,  comece a fazer xixi com a pata levantada, não tolere outras cadelas porque quer defender o território, etc. Por isso, muitos veterinários orientam os tutores sobre a castração quando a fêmea já possui tendência à agressividade.

Com os machos, não. A regra é que, depois da cirurgia, nós fiquemos (sem a bolas e) mais calmos. “A tendência é que o macho perca o interesse pelo ambiente com a saída da testosterona por completo do corpo, diferente da fêmea”, disse a doutora Letícia.

Entenderam, humanos? ‘Ah, Oreo, mas é muito caro castrar um cachorro ou um gato’. Sim, eu concordo. É caríssimo, desde que o procedimento seja feito em clínicas particulares e em períodos que não abrangem os mutirões, que são uma alternativa segura e de baixo custo para se promover a castração de pets.

Então, se ligue e fique atento se em sua cidade existem hospitais veterinários públicos, projetos em universidades, que fazem a cirurgia a um custo BEM menor, mutirões em clínicas veterinárias. Assim, você vai poder proporcionar maior qualidade de vida a seu pet e não gastar muito com o procedimento. Mas, atenção!! É de extrema importância que, antes de qualquer cirurgia, seu animal passe por exames e consultas para saber se ele está apto a ser operado ou se existem riscos.

Depois de tantos esclarecimentos e dicas, eu fico por aqui. Na semana que vem, volto com (além de meu charme) mais dicas pra vocês, humanos! Fui!!

Classificação Indicativa: Livre

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