A ocultação de valores e a compra de veículos de luxo desencadearam uma operação da Polícia Federal que culminou em sete mandatos de prisão preventiva, dois de prisão temporária e três mandatos de prisão coercitiva, nesta quinta-feira (2).
Além da capital, a PF investiu em outros dois municípios baianos, Feira de Santana e Ruy Barbosa. Neste último, referente a desvios de verba destinada ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
No Corredor da Vitória, na capital, o alvo é suspeito de ser o braço direito de um operador do tráfico de drogas em Jaguaquara. Segundo o delegado de Repressão a Entorpecentes da PF, André Rocha (foto ao lado), "recai suspeita sobre essa pessoa de que ela faria a movimentação financeira", uma espécie de "braço direito do operador" de uma fazenda em Jaguaquara.
De acordo com a PF, os indícios apontam que o fornecimento da droga é proveniente de Ponta Porã (MS), cidade que também foi alvo da operação. "Eles têm uma capacidade muito grande de operar altas somas de dinheiro e também montantes muito significativos de drogas", completou o delegado. Ainda segundo ele, a Bahia era o principal destinatário da organização criminosa.
Desvios do Fundeb
A cidade de Ruy Barbosa foi a primeira a receber o desdobramento da Operação Águia de Haia, em uma ação denominada Orobó, que investigará ao todo 20 municípios baianos. A operação dá continuidade às investigações de desvios no Fundeb. Segundo o delegado Fernando Berbert (foto abaixo), o esquema envolvia superfaturamento em softwares escolares.
"A operação de 2015 atingiu 20 prefeituras e, a partir daí, existem desdobramentos relacionados especificamente a cada município".
Segundo a PF, os desvios do Fundeb em Ruy Barbosa chegam a R$ 8,9 milhões. De acordo com Berbert, secretários, funcionários públicos e um deputado estadual estariam ligados ao esquema fraudulento.
