Surgem novos pontos de drogas identificados como cracolandia, muito visitado pelos usuários de drogas ou como muitos conhecem, os sacizeiros. Segundo pesquisa do Correio, no ano passado foram apontados por moradores e denúncias anônimas, 12 locais de maior comercialização e consumo da droga. Este ano já foram apontados mais oito locais tornando agora 20 pontos de tráfico em Salvador.
Não há um levantamento oficial sobre consumo de crack nas ruas, uma das evidencias de que estes indivíduos são tratados pelo Estado e sociedade como escória. Segundo o psiquiatra da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e coordenado dos chamados consultórios de rua da prefeitura, Antonio Nery Filho, houve uma pesquisa realizada apenas em 2009, onde foram identificados 19 mil moradores de rua na cidade. Entre eles, os usuários de crak se mostram os mais desvalidos.
Hoje há cracolandia onde estes e tantos outros consumidores da pedra compartilham a sua individualidade em locais como Dois de julho, Praça Cairu, no Comércio e Rua Carlos Gomes, além de outros pontos em bairros nobres a exemplo de Pituba.
Os locais são escolhidos para consumo e que facilite a barganha para conseguir dinheiro, por este motivo eles evitavam os bairros mais pobres. Entretanto, esta realidade começa a mudar. Atualmente é comum encontrar usuários consumindo drogas no Subúrbio de Salvador. Em Paripe há uma localidade conhecida como Bate Coração que os moradores já chamam de cracolandia.
Em outros pontos da cidade, a exemplo de Nazaré, apesar da escuridão no bairro, é possível encontra os feches de luz dos fósforos e cachimbos assim como em Gravatá, Largo de são Bento, Ribeira e Estação Pirajá. Outros locais identificados pelo jornal foram Baixa dos Sapateiros, Comércio (Praça Cayru e mercado do Ouro), Pelourinho, Praça Municipal, Barroquinha, Avenida Sete, Praça Piedade, Barra (Porto da Barra e Rua Afonso Celso) e Itapuã.
O serviço público dispõe apenas de dois centros de Atendimento Psicossociais Alcool Droga (Caps-AD) para cuidar de usuários de drogas. Um em Pernambués e outro em Pirajá.
