Polícia

Esquema de falsificação de cartelas da Zona Azul traria prejuízo mínimo de R$ 240 mil ao erário

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Polícia instaurou inquérito após denúncia-crime realizada pela Transalvador   |   Bnews - Divulgação Vinícius Ribeiro/BNews

Publicado em 23/08/2018, às 11h30   Vinícius Ribeiro


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Quatro pessoas envolvidas em um esquema de falsificação de cartelas de estacionamento da Zona Azul foram presas pela Polícia Civil. O resultado parcial da operação, denominada Luz Azul, foi apresentado na manhã desta quinta-feira (23), na Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap). 

Segundo a polícia, foram detidos o empresário Ademário Brito de Jesus, o casal de guardadores de carros Natália Anunciação dos Santos, 44 anos, e Jurandir Alexandrino Cardoso, 42, e o distribuidor João de Fátima de Souza, 56. A abertura do inquérito foi provocada por denúncia apresentada pela Superintedência de Trânsito de Salvador (Transalvador).

Na gráfica de Ademário, em Feira de Santana, a cerca de 110 quilômetros de Salvador, a polícia encontrou cerca de 80 mil cartelas falsificadas. O material era negociado com João de Fátima, que distribuía as cartelas.

"Se calcularmos por baixo, com base no valor das áreas de curta duração (R$ 3 por duas horas), temos aqui R$ 240 mil de prejuízo aos cofres municipais", avaliou a delegada Nayara Brito, que durante a apresentação parcial da investigação esteve acompanhada do diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), delegado Marcelo Sansão. Uma quantidade menor de cartelas de longa duração - 6 horas (R$6) - também foi apreendida. O valor total do crime contra os cofres do município ainda é apurado pela polícia.

Ainda segundo Nayara Brito, chamou a atenção da polícia a qualidade dos produtos falsificados em Feira, inclusive, com impressões em alto relevo. "Qualquer um poderia se passar", afirmou. À polícia, o empresário afirmou que comercializava as cartelas para João de Fátima por R$ 0,40 e R$ 0,50. 

O quarteto vai responder pelos crimes de falsificação de documentação pública e estelionato. Os quatro não foram apresentados porque estavam em audiência de custódia nesta manhã. 

PONTOS TURÍSTICOS - As cartelas eram comercializadas em diversas localidades de Salvador, mas com maior incidência em pontos turísticos, a exemplo dos bairros do Rio Vermelho e Barra, conforme levantamento da Transalvador.

Os guardadores Jurandir e Natália trabalhavam com as cartelas irregulares no Jardim de Alah e Itapuã, respectivamente. Na casa do casal a polícia encontrou cartelas que vinham sendo produzidas em uma impressora de uso doméstico.

No imóvel, os agentes encontraram cartelas confeccionadas em baixa qualidade, diferente das encontradas na gráfica de Feira. Ainda foram apreendidos computadores, aparelhos celulares, talões e coletes utilizados pelos guardadores.

Diligências também foram realizadas no sindicato da categoria, mas nenhuma irregularidade foi encontrada, segundo informou a delegada Nayara Brito. 


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