Polícia

Médium João de Deus presta depoimento ao Ministério Público em Goiás

Marcelo Camargo/Agência Brasil
O médium chegou ao Ministério Público sob forte escolta policial  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 26/12/2018, às 11h41   Folhapress


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O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, 76, foi levado para prestar seu primeiro depoimento ao Ministério Público na manhã desta quarta-feira (26), em Goiás.

Ele está preso preventivamente (sem data para soltura) desde 18 de dezembro, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia sob suspeita de cometer crimes sexuais contra pessoas que procuravam tratamento espiritual.

O médium chegou ao Ministério Público por volta das 10h sob forte escolta policial. Os promotores receberam centenas de denúncias por email de pessoas que se dizem vítimas de crimes cometidos por João de Deus. Desses casos, 77 foram ouvidos pela força-tarefa que integra também agentes da Polícia Civil. 

Ainda nesta quarta-feira, policiais do Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais) devem ouvir a mulher de João de Deus, Ana Keyla Teixeira, em Goiás.

O médium nega as acusações de abuso sexual e, em depoimento à polícia ao ser preso, disse que atendimentos individuais numa sala reservada só ocorriam a pedido das próprias mulheres, e não a seu critério.

Em duas operações da polícia com o Ministério Público, na semana passada, a força-tarefa apreendeu R$ 1,6 milhão em espécie, armas, medicamentos em endereços ligados a João de Deus. Em razão das armas sem registro, foi expedido um segundo mandado de prisão. 

O advogado de João de Deus, Alberto Toron, nega que o dinheiro apreendido seja ilícito. Segundo ele, a quantia era guardada em cofres por medo de assaltos. 

Sobre essa investigação, testemunhas estão sendo ouvidas e o médium não deve prestar depoimento esta semana, segundo informou a Polícia Civil.

A polícia concluiu a primeira investigação e indiciou o médium sob suspeita de violação sexual mediante fraude em 20 de dezembro. Isso significa que ela considera que os indícios são suficientes para que o suspeito seja denunciado criminalmente pelo Ministério Público.

Essa investigação tratou, especificamente, da denúncia de uma mulher de 39 anos que contou ter sido abusada em 24 de outubro deste ano.

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