Polícia

Confusão entre guarda municipal e policial civil no Festival Virada vai parar na delegacia

Divulgação/GCM (Ilustrativa)
Segundo a GCM, ocorrência será acompanhada pelas corregedorias das instituições; Sindpoc vai acionar o jurídico  |   Bnews - Divulgação Divulgação/GCM (Ilustrativa)

Publicado em 30/12/2018, às 15h00   Vinícius Ribeiro


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O cenário foi o mesmo: Arena Daniela Mercury, na orla da Boca do Rio, onde é realizado o Festival Virada Salvador. Os protagonistas não foram os mesmos, apesar de, igualmente, dividirem a obrigação de garantirem a segurança pública: agentes da Guarda Civil Municipal e da Polícia Civil.

Em janeiro deste ano, durante o mesmo evento, uma briga entre guardas civis municipais e policiais militares também gerou desconforto entre as instituições. Quase um ano depois, o conflito entre guardas e policiais voltou a acontecer. Como um déjà vu, na sexta-feira (28), um novo embate foi parar na delegacia.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado no posto da 9ª Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio) instalado na Arena, o guarda municipal Anderson Marques dos Reis informou que estava em diligência quando houve o desentendimento com o policial civil Adson Gomes Miranda.  O documento ainda dá a versão do policial civil. Adson disse ter sido desrespeitado pelos guardas municipais, que continuaram com atitude agressiva mesmo após ele ter se identificado como policial.

A agressão também foi relatada por Adson em áudio compartilhado por meio do aplicativo WhatsApp. "O que eu fiz simplesmente foi reagir à injusta agressão dele, entendeu? Mas aí ele veio covardemente pra cima de mim. Aí eu me identifiquei. Quando eu me identifiquei, ele disse: 'e daí?'. Aí eu parti pra cima e os demais vieram, quando os demais vieram para me agredir eu arrastei o meu 'equipamento de proteção individual', a minha pistola, e disse: se vier eu vou atirar! Aí eles foram para o módulo", contou, apontando desrespeito dos guardas: "Eles não são policiais e têm que respeitar as instituições policiais".

"INSTITUIÇÕES PARCEIRAS" - Procurada pelo BNews, a Guarda Civil confirmou, por meio da assessoria, a ocorrência e disse que a situação teve início após “o cidadão” impedir a passagem da patrulha no meio dos foliões. "Durante a discussão houve o saque de uma arma de fogo, que fora apontada para os agentes da Guarda Civil Municipal de Salvador, sendo necessária a devida intervenção, momento em que foi constatado se tratar de um Policial Civil de folga", diz a nota.

Ainda conforme a GCM, o fato foi levado ao conhecimento da autoridade competente e a “ocorrência será acompanhada pelas corregedorias de ambas instituições, que são parceiras e tem como princípio maior garantir a proteção do cidadão".

SINDICATO - Também procurado pelo BNews, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes, disse repudiar qualquer ato de violência e preconceito, e informou que a entidade "vai disponibilizar o jurídico para o policial civil e vai adotar às medidas cabíveis para que o fato seja esclarecido".

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