Polícia

Ambulante agredida no Farol da Barra tem histórico de violência do ex-companheiro

Vagner Souza / BNews
Jaqueline Pontes foi localizada neste sábado pela reportagem do BNews  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 16/02/2019, às 14h13   Eliezer Santos


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A vendedora ambulante agredida com um coco na cabeça no Farol da Barra, nesta sexta-feira (15), é Jaqueline dos Santos Pontes, 33 – comerciante de colares há 14 anos na região e no Centro Histórico. O ataque, registrado em vídeos que circulam nas redes sociais, foi cometido pelo ex-companheiro dela Anderson de Jesus dos Santos, que estava detido na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Brotas (Deam/Brotas) e neste sábado (16) foi encaminhado para audiência de custódia.

A vítima foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), nos Barris, e levou oito pontos entre a testa e a cabeça. Anderson de Jesus dos Santos foi preso por policiais militares da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (11ª CIPM) e autuado em flagrante por lesões corporais, na Deam/Brotas.

Jaqueline foi localizada pela reportagem do BNews na manhã deste sábado no mesmo lugar onde foi atacada 24 horas antes. Apesar do ferimento recente, ela continua, sob sol forte, a venda de adereços a turistas. 

“O pessoal viu a covardia dele e foi para cima. Fomos para a UPA na mesma viatura e ele foi me xingando a na frente dos policiais. Eu registrei queixa, espero que ele fique preso”, afirmou Jaqueline.

Assista:

Ambulantes que atuam no local contaram que as agressões começaram na noite de quinta-feira (14) e seguiram pela madrugada de sexta. Segundo eles, Anderson se apossava do dinheiro das vendas de Jaqueline para comprar drogas. 

“Ele é usuário de crack, estava muito drogado”, contou André Gomes, 33, vendedor de cerveja e colares, que teve com o punho quebrado na confusão. “Foi a cacetada que ele deu. Coloquei a mão para não pegar no meu rosto”, lembrou.

“É a segunda, terceira vez que vejo ele vir aqui pegar o dinheiro da mulher”, acentuou Gilson Pinheiro, 50, vendedor dos cocos usados na confusão generalizada.

Mãe de três filhos – Jonatas (13), Jadson (10) e Jaqueline (3), a ambulante lucra cerca de R$ 100 por dia. No momento da agressão, seu filho mais velho – que também vende colares em festas - estava na escola, no bairro do Lobato, mas reagiu com indignação ao saber. 

“Sinto muita raiva, dá vontade de fazer coisa pior, mas a gente espera que a Justiça seja feita”, contou ao BNews.

Pai de Jonatas, o ambulante Anderson da Conceição, com quem Jaqueline já foi casada, disse que fica preocupado em ver o filho diante dessas agressões.

“Meu filho está revoltado, é muito ruim porque ele fica vendo essas cenas”. Ele informou também que Jaqueline já registrou queixas contra o agressor na Delegacia do Turista no Pelourinho.

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