Polícia

Caixa diz que não vê "atitude de cunho discriminatório" em caso de agressão a cliente negro

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O assunto ganhou grande repercussão nesta terça-feira (26).  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 26/02/2019, às 16h35   Henrique Brinco


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A assessoria de imprensa regional da Caixa Econômica Federal divulgou enviou nota ao BNews alegando que não identificou até o momento "por parte de nenhum dos seus empregados ou colaboradores, qualquer atitude de cunho discriminatório" no caso de agressão a um cliente negro no último dia 19 de fevereiro. O assunto ganhou grande repercussão, nesta terça-feira (26), após a vítima relatar o caso nas redes sociais.
"A CAIXA informa que até o momento não foi identificada, por parte de nenhum dos seus empregados ou colaboradores, qualquer atitude de cunho discriminatório. A CAIXA repudia atitudes racistas ou de discriminação cometidas contra qualquer pessoa", destaca o banco estatal, em nota. O banco virou alvo de protestos e recebeu manifestações de repúdio durante todo o dia por parte de ativistas e políticos.
Crispim Terral afirma que esteve no estabelecimento do Largo do Relógio de São Pedro no último dia 19 pela oitava vez na tentativa de resolver um problema relacionado a dois cheques que voltaram. No entanto, Terral relata que o gerente do banco o deixou esperando na mesa por mais de quatro horas.
 "Fui surpreendido mais uma vez pelo senhor Mauro, gerente responsável pela minha conta naquele momento, que me atendeu de forma indiferente enquanto me deixou esperando na sua mesa por quatro horas e quarenta e sete minutos e foi atender outras pessoas em outra mesa. Indignado com a situação, me dirigi à mesa do gerente general, o senhor João Paulo, que da mesma forma e ainda mais ríspida me atendeu com mais indiferença. Quando pensei que não poderia piorar foi surpreendido pelo senhor João Paulo com a seguinte fala “se o senhor não se retirar da minha mesa, vou chamar uma guarnição”, e assim o fez, chamou a guarnição. Dois policiais me pediram no primeiro momento de forma educada para que pudéssemos nos dirigir juntamente com gerente até a delegacia para prestar esclarecimentos. Até aí, tudo bem. O problema foi que ao descer ao térreo da agência, o gerente, o senhor João Paulo, falou que só iria à delegacia se os policiais me algemassem, e que ele 'não faz acordos com esse tipo de gente'", conta.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar da Bahia, mas ainda não obteve retorno.
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