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Polícia investiga desaparecimento de operador de lancha no Subúrbio

Arquivo pessoal//Divulgação-Polícia Civil
Família sofre com informações não oficiais compartilhadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens   |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal//Divulgação-Polícia Civil

Publicado em 18/06/2019, às 11h44   Vinícius Ribeiro


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O misterioso desaparecimento de um homem de 45 anos vem intrigando a população do Subúrbio Ferroviário de Salvador. No dia 5 de junho (há 13 dias), Ednilton Souza dos Anjos saiu de casa no bairro de Paripe e não mais foi visto. Informações obtidas pela família apontam que ele tentava receber o pagamento de um empréstimo feito a um homem, no bairro do Lobato.

Com dificuldades para sanar o acordo, o suposto devedor teria dado cadeiras para quitar a dívida. Porém, em casa, ao perceber que muitas cadeiras estavam danificadas, Ednilton decidiu voltar ao Lobato - a 12 quilômetros de Paripe - para devolver os objetos. Desde então, as ligações telefônicas feitas por amigos e parentes para Ednilton não mais foram atendidas.

O sumiço mobilizou familiares e amigos nas redes sociais. O caso foi registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com assessoria da Polícia Civil, as investigações estão em curso, com testemunhas sendo ouvidas e diligências realizadas.

Ednilton trabalha como marinheiro (operador de lancha) de uma embarcação na Bahia Marina, na Avenida Contorno, no Comércio. O homem apontado como devedor e principal suspeito pelo desaparecimento é um ex-colega de trabalho - dono de um bar no Lobato.

Versões ainda apontam que antes de sumir, sem revelar detalhes da cobrança, Ednilton disse a parentes que ia pagar contas e que também pretendia vender o veículo, um Chevrolet/Corsa sedan preto, placa JPQ-0817, conforme chegou a ser divulgado pela família logo após a perda de contato.  

“O carro foi encontrado três dias depois do desaparecimento dele, antes estava estacionado perto da casa desse rapaz. Segundo a polícia, ele (o suspeito) pegou o carro com um caminhão guincho e levou para uma oficina perto da garagem da Praia Grande (na Avenida Afrânio Peixoto). Uma pessoa reconheceu o carro, porque a foto vinha sendo compartilhada em grupos de WhatsApp e avisou à polícia”, contou Milton Souza dos Anjos, irmão de Ednilton, ao BNews.

“MUITO QUERIDO” - Procurado pelo pela reportagem, o responsável pela área náutica da Bahia Marina, Hernani Pedroso, lamentou o desaparecimento e explicou que Ednilton, mais conhecido como ‘Nem’, não tinha vínculo direto com o empreendimento e trabalhava no local cuidando de uma lancha de 42 pés.

Por ser uma embarcação grande, o marinheiro estava diariamente na Bahia Marina. “Um cara muito querido aqui”, ressaltou Pedroso. Quanto ao suspeito, identificado pelo prenome Sebastião, o chefe de área afirmou que o também operador há muito tempo não presta serviço em lanchas atracadas no local.

MENSAGENS - Além do desaparecimento, a família sofre com informações não oficiais compartilhadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens, que direcionam para a morte de Ednilton. A veracidade das mensagens não foi confirmada pela 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Paripe), Polícia Civil, Marinha e Corpo de Bombeiros. Ednilton é casado e tem uma filha de cinco anos.

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