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Polícia Federal prende promotor suspeito de receber mesada para ajudar empresas de ônibus no Rio

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Flávio Bonazza de Assis foi preso em Copacabana   |   Bnews - Divulgação reprodução // Youtube

Publicado em 03/02/2020, às 13h22   Redação BNews



A Polícia Federal (PF) prendeu no Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (3), o promotor de Justiça Flávio Bonazza de Assis. Segundo a polícia, Flávio preso na Operação Ponto Final, um desdobramento da Lava Jato, que buscava desarticular organização criminosa que atuava no setor de transportes urbanos do estado do Rio de Janeiro.

O MP afirma que Bonazza recebia R$ 60 mil de mesada de empresários de ônibus para agir, dentro do MP, em benefício do setor -- como arquivar processos. Ele nega as acusações. Bonazza foi um dos cinco denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em novembro -- na ocasião, a prisão do promotor foi pedida, mas não concedida.

A TV Globo apurou que havia indícios de que Bonazza estava apagando provas. O Ministério Público Federal (MPF) corroborou a denúncia do MPRJ, e nesta segunda o juiz Marcelo Bretas expediu o mandado de prisão contra Bonazza. Bretas também determinou o arresto de bens de Bonazza no valor de R$ 1,35 milhão.

Promotor delatado
A denúncia contra Bonazza e mais quatro, em novembro, tinha partido de um acordo de delação fechado com o empresário Lelis Teixeira. Entre junho de 2014 a março de 2016, Bonazza -- então na Tutela Coletiva da Cidadania da capital -- recebeu vantagens indevidas de empresários que atuavam no transporte público do Rio. Segundo afirmou Lelis na delação, uma reunião na garagem de uma empresa de ônibus da Zona Oeste do Rio selou o acordo.

Em troca de uma "mesada", de acordo com as delações, Bonazza arquivaria inquéritos, retardaria investigações ou vazaria informações para a cúpula do setor. A denúncia do MP afirma que Bonazza quis ter sob controle tudo que chegava sobre o tema ao MP.

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