Jovem acusa policial militar de agressão por filmar retirada de cadáver em Cajazeiras

Luiz Feitosa Pita Neto, 27 anos, voltava para casa no bairro de Abrantes no final da manhã da última quarta-feira (5), quando resolveu parar na Avenida Dois de Julho, no bairro de Cajazeiras II, para acompanhar a remoção do corpo de identidade ignorada no local. Uma viatura da Base Comunitária de Segurança (BCS) Itinga da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) estava presente junto com o Departamento de Polícia Técnica (DPT) monitorando a situação. 

De acordo com o denunciante, um dos policiais percebeu que ele pegou o celular para gravar a ação, o que levou o profissional a se aproximar e dizer que não era para ser gravado. “Quando fui colocar o aparelho no bolso, ele começou a me encher de socos e pontapés falando para eu apagar as imagens do meu celular. Não tive nenhuma reação”, relatou a vítima. 

A agressão resultou no deslocamento da mandíbula de Luiz que está no Hospital Geral do Estado (HGE) aguardando para fazer uma cirurgia. “Depois que ele me bateu, liguei para um amigo que veio me buscar de carro e me trouxe para o hospital. Fiquei horrorizado, não precisava ter batido, bastava dizer que não era para gravar”, lamentou Luiz. 

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Uma queixa foi prestada na 27º Delegacia Territorial e o pai da vítima irá na Corregedoria formalizar uma denúncia na tarde desta quinta-feira (6). Em nota, a Polícia Militar informou que “até o momento não há registro dessa ocorrência na Corregedoria Geral da PM. Contudo, ao tomar conhecimento dos fatos o comandante regional vai abrir um procedimento para apurar o caso”.