Polícia

Preso com documento falso, Ronaldinho foi nomeado embaixador do turismo com passaporte retido

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Ex-jogador foi nomeado em setembro, quando o documento estava retido por condenação por crime ambiental  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes Sociais

Publicado em 05/03/2020, às 14h28   Redação BNews


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Flagrado e detido pela polícia do Paraguai com um passaporte original do país com dados falsos, o ex-craque Ronaldinho Gaúcho foi nomeado em setembro de 2019 como embaixador do turismo pelo governo federal. Já na época, o jogador aposentado estava impedido de sair do país, pois o seu passaporte se encontrava retido pela Justiça.

Ronaldinho e o seu irmão, Roberto de Assis Moreira, detido junto com ele no Paraguai, foram condenados a pagar multas que somadas chegam a cerca de R$ 10 milhões, por construções irregulares que causaram danos ambientais em Porto Alegre, às margens do lago Guaíba. Por causa deste crime, os passaportes dos dois ficaram retidos.

A função como embaixador não é remunerada e integra um programa da Embratur, que busca aproveitar artistas e personalidades para promover o turismo no país. Apesar da sua nomeação ter dividido a opinião de integrantes do Ministério do Turismo, Ronaldinho pode ter contado com a confiança de Jair Bolsonaro, uma vez que o ídolo do Barcelona e da seleção brasileira foi um dos famosos a apoiar publicamente o então candidato à presidência em 2018.

De acordo com o Ministério Público (MP), as autoridades brasileiras consultadas informaram que a situação já foi regularizada. Ronaldinho e Assis se comprometeram a pagar uma indenização superior a R$ 8,5 milhões para que os documentos fossem liberados. 

Federico Delfino, delegado antissequestro do Paraguai, confirmou que os passaportes eram autênticos, mas os dados eram falsos. A autoridade afirmou que a origem dos documentos será investigada. O motivo para a posse dos passaportes continua sendo uma incógnita, uma vez que não era necessário o visto para entrar no país vizinho.

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