Polícia

Vídeo: Detentos gravam vídeo dançando funk em cadeia na Bahia 

Reprodução/ Twitter
A denunciante ainda informou que eles estavam recebendo visitas desobedecendo o decreto estadual que suspendeu a visitação por conta do coronavírus  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Twitter

Publicado em 20/06/2020, às 15h26   Aline Reis


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Pouco mais de 10 detentos participaram de uma ‘coreografia’ de funk dentro da cadeia, localizada no município de Miguel Calmon, na Bahia, esta semana. O problema é que a atividade recreativa foi filmada por um aparelho celular dentro da unidade prisional, já que por lei não é permitida a utilização de celular. 

Nas imagens é possível eles dançando ao som da música ‘Vem me satisfazer’ da MC Ingryd, um funk carioca, mas versão de remix de forró. A denunciante, que preferiu manter o anonimato, informou à reportagem que eles estão recebendo visitas às quartas e domingos, desobedecendo o decreto estadual que suspendeu a visitação em unidades prisionais durante a pandemia do coronavírus. 

Questionada, a Polícia Civil (PC) disse, através de nota, que as visitas à custodiados também está suspensa nesta unidade e que em caso de quebra desta determinação, será apurada pela Corregedoria da PC. 

Sobre a presença dos aparelhos na cela da unidade, também a Corregedoria da instituição e o Departamento de Polícia do Interior (Depin) vão apurar como os aparelhos entraram na cela da unidade. 

Ao BNews, a denunciante explicou que o preso ligado a ela está recebendo auxílio emergencial disponibilizado pela Caixa Econômica Federal (CEF), e que ela recebeu parte desse dinheiro. A reportagem entrou em contato com o Ministério da Cidadania, pasta que está regulando o benefício durante a pandemia, e através de nota afirmou que “os detentos não se enquadram nos critérios de trabalhador estabelecidos na Lei 13.982/2020”. 

A nota disse ainda que “até o momento, 47,7 mil pessoas que receberam o benefício, mas não se enquadravam nos critérios da lei, devolveram os recursos do auxílio emergencial. Com isso, voltaram aos cofres públicos R$ 39,6 milhões. Qualquer indício de ilegalidade, em especial na ótica criminal, é imediatamente informado à Polícia Federal. A CGU e a Advocacia-Geral da União (AGU) também estão atuando na fiscalização e no ajuizamento de ações, respectivamente, em todo o processo de pagamento do auxílio emergencial. É determinação do governo do presidente Jair Bolsonaro não tolerar a ação de criminosos que queiram burlar as regras do auxílio emergencial”.  

O canal para registro de denúncias de fraudes é o sistema Fala.Br (Plataforma integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação da CGU), disponível em https://falabr.cgu.gov.br/publico/Manifestacao/SelecionarTipoManifestacao.aspx?ReturnUrl=%2f ou pelos telefones 121 ou 0800 – 707 – 2003.

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