Polícia

WhatsApp: Estelionatário se passa por mãe de vítima e dá golpe de R$ 1.000; leia conversas

Arquivo Pessoal
A jovem realizou o Boletim de Ocorrência on-line na 3ª Delegacia Territorial (DT) do Bonfim  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 18/11/2020, às 12h13   Yasmim Barreto


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A correria do dia a dia, falta de tempo e muitos compromissos têm sido verdadeiros aliados do famoso ‘Golpe do WhatsApp’, já que o tempo curto contribui para que as pessoas acabem esquecendo de conferir a veracidade das informações ou até mesmo suspeitar de situações corriqueiras. E foi por causa disso que a engenheira química, Rafaela Poppe, 25 anos, perdeu R$ 1.000 em uma transação bancária, que começou no aplicativo de mensagens instantâneas através de uma suposta conversa com sua mãe.  

“Eu só descobri porque minha mãe tocou no assunto sobre banco, se não fosse isso, acho que até hoje eu não ia desconfiar. Eu não sou de cobrar minha mãe, ia aguardar ela me transferir o dinheiro”, contou.  

Ainda muito abalada e indignada com a situação, Rafaela relatou que o criminoso utilizou expressões comuns entre ela e a mãe durante a aplicação do golpe. Portanto, contribuiu ainda mais para que a jovem não desconfiasse da conversa. 

Com intuito de tentar punir o estelionatário que repassou dados bancários de uma agência localizada na
Av. General Furtado Nascimento, Alto de Pinheiros, em São Paulo, a jovem, que reside em Salvador, registou o Boletim de Ocorrência on-line na 3ª Delegacia Territorial (DT) do Bonfim. Confira

O golpe de clonagem no WhatsAPP 

Ao BNews, a engenheira relembrou o caso, que aconteceu na última quinta-feira (12). Segundo ela, o hacker iniciou a conversa pedindo que ela fizesse uma transferência de R$ 1.990, mas, a jovem não tinha o valor em conta. Insistente em aplicar o golpe, o criminoso sugeriu então uma quantia menor e então a jovem efetuou o depósito indevido. Veja a conversa abaixo.  

Todavia, apesar de não ter tido nenhum retorno de sua mãe, Rafaela não questionou a transação bancária com a justificativa de que essa situação era comum entre as duas. Por isso, só descobriu o golpe um dia depois. 

“Quando cheguei em casa, minha mãe me pediu pra eu ver qual o saldo que ela tinha no Banco do Barsil, porque ela está usando o meu cartão, com isso eu aproveitei e perguntei o que ela queria com os R$ 1.000,00, eu não sou nem de perguntar, mas como ela falou do banco, eu perguntei. Aí por telefone, ela disse que não tinha pedido dinheiro nenhum, aí eu percebi que era golpe”, completou. 

À reportagem, o delegado e coordenador do Grupo Especial de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos, da Polícia Civil da Bahia, João Cavadas, explicou como as vítimas costumam cair no golpe da clonagem do WhatsApp. “É enviado para você através de SMS ou e-mail ou até mesmo por uma rede social um arquivo e nele você clica sobre qualquer pretexto, seja confirmando a presença em um coquetel ou verificando o preço de um eletroeletrônico. O mote, o chamariz, para você clicar são os mais variados possíveis, só que quando você clica nesse link, na verdade, ele está clonando seu WhatsApp, ou seja, quando você clica ou digita, na verdade está disponibilizando a sua conta de WhatsApp”, disse.

Com o acesso ao seu aplicativo de mensagens, o golpista se apoderando da sua conta e envia mensagens para seus contatos mais próximos solicitando o deposito indevido em uma conta corrente. Concluiu o dr. João Cavadas.  

Classificação Indicativa: Livre

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