Polícia

Manifesto após morte de soldado da PM vira ato político contra o Estado em Salvador

Vagner Souza / BNews
Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 29/03/2021, às 10h39   Redação BNews*



A manifestação marcada para a manhã desta segunda-feira (29), no Largo do Farol da Barra, em Salvador, tornou-se um ato político. Com participação de policiais militares e deputados, o protesto também reuniu apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e comerciantes insatisfeitos com as medidas restritivas diante da pandemia do novo coronavírus no estado. 

O ato de protesto contra atuação do Estado no caso do soldado Wesley Soares Góes, baleado após mais de três horas de negociação com equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), no domingo (28), teve pouca adesão, pois se apontava, inclusive, uma eventual greve da categoria, já descartada pelas autoridades.

Wesley disparou tiros para cima na região do Farol da Barra. Segundo a Polícia Militar, o homem, que estava com o rosto pintado nas cores verde e amarelo, apresentou descontrole emocional e realizou disparos para cima.

Wesley Góes foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo o major da 72ª CIPM, Hosannah Santos Rocha, o soldado chegou a ficar intubado, mas não resistiu. 

Relatos da família apontam que Wesley Góes nunca tinha apresentado surtos. Durante a situação, ele estava com o rosto pintado de verde e amarelo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o policial foi baleado após disparar com fuzil contra guarnições do Batalhão de Operações Policiais Especiais e terminou neutralizado. Depois de o PM ser baleado, jornalistas foram alvos de tiros de borracha após tentativas dos policiais de afastarem os profissionais da imprensa do local.

Em nota, o Sinjorba disse que "condena veementemente o comportamento dos policiais envolvidos neste lamentável episódio". A instituição também contou que "não havia qualquer necessidade de agir daquela maneira pois os jornalistas estavam trabalhando e não representavam qualquer ameaça aos PMs ou à operação".

*Com informações do repórter João Brandão

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