Polícia

Após morte de tio e sobrinho por traficantes, secretário estadual da segurança diz temer 'poder paralelo'

Elói Corrêa/GOVBA
Declaração foi dada durante coletiva sobre caso de tio e sobrinho mortos pelo tráfico  |   Bnews - Divulgação Elói Corrêa/GOVBA

Publicado em 10/05/2021, às 13h31   Nilson Marinho


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O secretário estadual da segurança pública, Ricardo Mandarino, demonstrou nesta segunda-feira (10) ser contra ao armamento da população, durante coletiva de imprensa sobre a morte de tio e sobrinho entregues ao tribunal do crime. Ao comentar o poder paralelo exercido pelo tráfico de drogas em comunidades da capital baiana, o gestor da pasta diz temer que a população acabe cumprindo o papel que é da polícia. 

Seguranças do Atakarejo, após supostamente encontrar tio e sobrinho furtando alimentos em uma unidade da rede em Amaralina, não acionou a polícia para fazer a prisão em flagrante dos dois e os levaram até traficantes da região.

“Estamos vendo a ‘desgraceira’ que vai ser se a população andar armada, se a população andar armada a polícia vai perder o controle da situação e nós não vamos admitir que aqui, na Bahia, o poder paralelo, que os marginais, mandem no Estado. Quem cuida da segurança pública é a polícia. A polícia baiana não é violenta, não vai matar ninguém, porque ela não pode matar, não deve, é uma questão de princípio. Essa é nossa filosofia: preservar vidas”, disse Mandarino.

Outro caso

Durante o evento com jornalistas, a polícia confirmou que parte dos seguranças do Atakarejo já haviam entregue no ano passado ao tribunal do crime duas adolescentes também suspeitas de furtarem alimentos na unidade da rede de supermercado.

A polícia informou também que tio e sobrinho estavam acompanhados de outras duas pessoas no momento em que chegaram ao supermercado. Um delas ficou no estacionamento da rede, enquanto outra entrou com as vítimas, mas conseguiu fugir do cerco dos seguranças logo após a dupla ter sido acusada de furto.

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