Polícia

Venda de celular de mais de R$ 4 mil acaba em agressões no meio de shopping em Lauro de Freitas; assista

Reprodução/ Facebook Parque Shopping Bahia
O vendedor acusa um casal de querer dar o golpe do PIX para levar o aparelho para casa sem pagar e a cliente se defende alegando que foi humilhada, atacada e vítima de estelionato  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Facebook Parque Shopping Bahia

Publicado em 10/08/2021, às 16h45   Redação BNews


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A compra de um celular de mais de R$ 4 mil resultou em uma grande confusão e troca de agressões no meio da praça de alimentação do Parque Shopping, em Lauro de Freitas, no último domingo (8). O vendedor acusa um casal de querer dar o golpe do PIX para levar o aparelho para casa sem pagar e a cliente se defende alegando que foi humilhada, atacada e vítima de estelionato.

A negociação pelo smartphone teria começado através de um site de anúncios de mercadorias e seguido para o Whatsapp. O problema é que o anunciante teria informado para a mulher que ela iria pegar o aparelho com um contato dele em Salvador e o rapaz que apareceu no shopping disse que o tal homem o procurou com uma história diferente, afirmando que teria quebrado o celular da moça e precisava comprar outro para repor. Em ambos os casos, o anunciante teria pedido para que as partes não mencionassem valores.

A praça de alimentação do shopping foi escolhida por ser um local público e ter segurança. A mulher foi ao local com o marido e o vendedor com a esposa, um amigo e outra mulher. Após olhar o aparelho, a cliente decidiu ficar com ele, colocou seus dados e, após verificar tudo, fez a transferência bancária para a conta indicada pelo anunciante, que estaria em nome de outra pessoa. 

Após apresentar o comprovante do PIX no valor de R$ 4 mil, a cliente diz que foi segurada pelo vendedor e avisada que tinha caído em um golpe, recebendo uma mensagem falando a mesma coisa logo em seguida. Ela afirmou, em entrevista ao Balanço Geral nesta terça-feira (10), que, ao tentar pedir socorro, o homem e o amigo começaram a agredir ela e o marido, que acabou caindo no chão e ficou desacordado. 

A mulher citou ainda que os dois homens gritavam o tempo inteiro que ela tinha tentado dar o golpe enquanto ela implorava por ajuda dos presentes na praça de alimentação, que só teriam apenas filmado a situação. As gravações foram parar na internet e a cliente informou que está sendo vítima de comentários maldosos.

Momentos depois, os seguranças e bombeiros do shopping chegaram para resolver a situação e chamaram a polícia. Os envolvidos foram levados para a Delegacia de Itinga. A mulher relatou ainda que foi ameaçada de morte pelo vendedor e está com medo de sair de casa. Além disso, seu marido estaria em choque após a confusão. Isso sem falar no prejuízo de pelo menos R$ 4 mil. Ela avisou que irá processar o vendedor, entre outras medidas.

Vendedor conta outra história

O vendedor, por sua vez, nega que a história tenha ocorrido da forma contada pela mulher e que ela e o marido tentaram fugir correndo da praça de alimentação quando ele pediu que devolvessem o celular, pois o dinheiro não tinha entrado na conta. Ele disse também que o aparelho custa mais de R$ 5 mil, e não R$ 4 mil. Também pontuou que ele e o amigo não agrediram ninguém, apenas tentaram imobilizar o casal no chão até a chegada dos seguranças.

O comerciante reclamou ainda que foi atacado por familiares da dupla e tratado como bandido pelos policiais, pois foi algemado, jogado no chão e teve uma arma apontada para a cabeça. Ele questiona por que a mulher não teria tentado explicar que teria sido vítima de um golpe ao invés de supostamente tentar fugir do shopping? Assim como a cliente, garante que possui conversas e provas sobre a negociação, que podem mostrar sua inocência.

A polícia irá investigar o caso, mas a suspeita inicial é que ambos tenham caído no golpe orquestrado por um intermediador, que clonou o anúncio no site e entrou em contato com o vendedor real criando uma história para que ambas as partes não compartilhassem detalhes e fossem prejudicadas. A conta utilizada para receber o dinheiro é de um CPF de fora de Salvador, segundo o Balanço Geral, e pode ser de um laranja.

Parque Shopping se defende

O Parque Shopping Bahia informou ao BNews que refuta qualquer acusação sobre inoperância da sua equipe em relação ao fato. Destacou que, assim que a equipe tomou ciência, os colaboradores intervieram, separando a briga. 

“Após isso, a equipe fez a comunicação oficial às autoridades policiais, que são responsáveis pela investigação e encaminhamento do fato. Um colaborador do empreendimento também esteve presente a delegacia para relatar as primeiras informações e colocar o shopping à disposição para colaborar com informações, imagens e outros relatos”, acrescentou o centro comercial.

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