Polícia

Outras babás acusam mulher de maus-tratos após doméstica se jogar de prédio no Imbuí

Reprodução/ Google Street View
Elas teriam sido vítimas de ameaças, de jornadas exaustivas, não foram pagas pelo tempo de serviço e, algumas, também alegam ter sido agredidas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Street View

Publicado em 26/08/2021, às 16h32   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Após a grande repercussão do caso da babá que se jogou do terceiro andar de um prédio no Imbuí para fugir da patroa na quarta-feira (25), outras três mulheres decidiram denunciar a mulher. Elas teriam sido vítimas de ameaças, de jornadas exaustivas, não foram pagas pelo tempo de serviço e, algumas, também alegam ter sido agredidas.

Contratada em fevereiro deste ano para cuidar das trigêmeas, uma das empregadas disse ao Balanço Geral nesta quinta-feira (26) que a ex-patroa costumava gritar muito, dizer que tudo o que ela fazia estava errado e a xingava. 

“Eu acordava 5 horas da manhã e só dormia meia noite. Tinha uma senhora de 60 anos que trabalhava lá que ela agredia com socos, batia nela todos os dias. A mulher só andava torta de dor. Fiquei 15 dias sem conseguir ir pra casa. Saí de lá sem ela saber, aí ela disse para dois amigos meus que roubei o celular dela”, relatou uma das novas denunciantes.

Ela explicou que não teve coragem de falar sobre o caso antes porque a ex-patroa disse que iria mandar “vagabundos de São Cristóvão” para agredi-la. 

Leia mais:

‘Ela tomou meu celular, tirou o fio do interfone, me trancou no banheiro’, detalha babá que se jogou de prédio no Imbuí

Empregada doméstica se joga de prédio no Imbuí para fugir de cárcere privado

Um relato similar foi feito ao Balanço Geral por outra jovem que esteve nesta quinta na Delegacia da Boca do Rio. A mulher citou que iniciava o trabalho às 8h e só podia finalizar depois das 20h. Quando não aguentava mais e precisava descansar, era obrigada a voltar a cuidar das trigêmeas através de empurrões dados pela mãe das crianças.

“Tinha uma senhora que sofria agressões. Só fiquei 15 dias. Não tive nem a carteira assinada. Trabalhei e ela nem me pagou. Vim prestar queixa. Ela combinou que eu iria ganhar R$ 800 pelo mês depois quis baixar para R$ 500 e não aceitei. Se trabalho é porque preciso, quero meu dinheiro e quero também ajudar [no caso das outras vítimas]”, frisou a jovem.

Classificação Indicativa: 10 anos

FacebookTwitterWhatsApp