Polícia

Fernandinho Beira-Mar revela greve de fome e tortura em presídio

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Publicado em 13/09/2021, às 10h10   Redação BNews


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Apontado pelas autoridades como o chefão do Comando Vermelho, Fernandinho Beira-Mar revelou, durante declarações em uma audiência, que sofre com problemas psicológicos e teria ficado sem comer logo após chegar ao presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso.

Na conversa, o criminoso comparou o tráfico de drogas com a milícia. “Eles tratam advogados aqui nessa penitenciária como se eles fossem cúmplices de bandido. (...) Não sou igual a miliciano, que exigia dinheiro de empresário. Fiz um trabalho social”. 

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Na cadeia, Beira-Mar alega que foi torturado durante seis meses em uma cela isolada, sem poder estudar por conta da falta de iluminação no local. 

“Quando cheguei aqui [ao presídio de Campo Grande], fui mantido isolado em uma espécie de VPI [Verificação Preliminar de Informação] administrativo. Alegaram me deixar isolado por um tempo desse para analisar o meu perfil. É impossível, porque estou há 14 anos [no sistema prisional federal]. Eles conhecem o meu perfil. Eu entendo isso como uma forma de tortura".

Fernandinho, que vai apresentar um artigo comparando a situação dos presídios federais à crucificação de Jesus Cristo, no Congresso Internacional de Direitos Humanos de Coimbra, Portugal, nos dias 12 e 14 de outubro, ainda reiterou falando que ele tem direito de ter um local decente para viver dentro do presídio. 

"Aí a direção responde: 'O preso não tem que escolher'. Não quero escolher. Só quero ter o direito de ter um ambiente salubre para eu poder ler, poder estudar. Estava numa cela escura, sem condição de leitura".

Em relação à greve de fome, Fernandinho ainda complementa que não é a favor da ação, mas precisou ficar sem comer durante 19 dias para, só assim, conseguir entrar em contato com seu advogado. 

"Sou contra a greve de fome, porque não acho que esse é o caminho. Fiquei em greve de fome para tentar atendimento com o meu advogado. Só depois disso, consegui". 

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