Polícia

Na cola dos assassinos de meninas

Publicado em 22/11/2010, às 21h22   Ivana Braga



A polícia já tem o nome dos principais suspeitos de terem matado com requinte de crueldade as duas adolescentes que foram decapitadas. De acordo com o delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia, em São Caetano, responsável pela apuração do crime, Omar Andrade, policiais estão fazendo diligências para capturar os possíveis autores do duplo assassinato.

Janaína Cristina Brito Conceição, 16, e Gabriela Alves Nunes, 13, fugiram de casa no dia 16 e passaram dias desaparecidas até que seus corpos foram encontrados abandonados na Rua Diva Pimental, imediações da Avenida San Martin, na madrugada deste sábado (20). As garotas foram enterradas no sábado, no cemitério do Campo Santo.

As duas garotas eram vizinhas e teriam deixado um bilhete tranqüilizando os pais, dizendo que eles não se preocupassem por que elas ficariam bem.

De acordo com o titular da unidade policial, Omar Andrade, os corpos foram encontrados próximo a um carro abandonado com as portas abertas e o porta-malas sujo de sangue. Apesar disso, o delegado acha que as garotas foram mortas em outro local.

Policiais da 4ª realizaram várias diligências nesta segunda-feira (23) em busca dos suspeitos, procurados no IAPI onde as vítimas foram vistas pela última vez. Omar Andrade descartou a possibilidade de envolvimento de Cleiton Alcântara de Jesus, 25, dono do chip de celular utilizado pelos autores do bárbaro assassinato para ligar para as famílias das adolescentes pedindo resgate.

Segundo informou o delegado, Cleinton que o chip teria sido perdido há cerca de um ano. Ele apresentou o registro da ocorrência feita na época para comprovar a veracidade da informação.
Por isso, o delegado não o considera suspeito de participação no crime. Após prestar esclarecimentos no último sábado (20), Cleiton foi liberado.

O pai de Janaína, policial militar Ezardival Bassalo, e o avô de Gabriela, Cosme Raimundo Paranhos, teriam relatado terem recebido ligações telefônicas pedindo resgate. Bassalo contou que os autores dos telefonemas diziam saber que ela era policial militar e queriam duas armas e R$ 50 mil como resgate.

Ele teria conseguido rastrear o endereço de onde pertencia o celular e afirmou que o local era o mesmo onde as adolescentes foram encontradas mortas.

Cosme Raimundo Paranhos também relatou ter recebido ligações com o pedido de resgate. Ele conta que Gabriela chegou a falar com a avó, dizendo tinham cortado a testa dela e ameaçaram decepar seu o pescoço.

A polícia já conseguiu localizar o carro utilizado pelos criminosos. De acordo com o delegado Omar Andrade, o veículo foi roubado no IAPI, dia 16, mesmo dia em que as garotas fugiram de casa.  O veículos tem manchas de sangue.

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