Polícia

Thor Batista garante ajudar família de ciclista morto

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Em julgamento, Thor volta a afirmar que não pode evitar o acidente  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 25/04/2013, às 21h16   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O julgamento do filho do empresário Eike Batista, Thor Batista, 21 anos começou nesta quinta-feira (25). Pela primeira vez, ele falou sobre seu envolvimento no acidente que resultou na morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, em março de 2012. De acordo com ele, foram feitos acordos com a família da vítima. Ele conta que deu R$ 300 mil para uma tia de Santos. Thor garante ter recibos e documentos que comprovam os depósitos para a tia, identificada apenas como Maria Vicentina. A vítima não tinha filhos e vivia com a tia.

Thor foi ouvido no Fórum de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por conta do processo de homicídio culposo - quando não há intenção de matar. O filho do empresário voltou a afirmar que na ocasião, trafegava dentro da velocidade permitida (110 km/h) e que estava muito escuro no local. Em seu depoimento, Thor disse que o acidente foi "inevitável".

Um laudo divulgado no último dia 10 indicava que Thor dirigia entre 100 a 115 km, no momento do atropelamento. O laudo anterior, que foi retirado do processo, dizia que ele estava a 135 km/h. Em fevereiro, a Justiça anulou o primeiro laudo sob a justificativa de que o perito responsável havia tido contato direto com a Promotoria mais de uma vez. A assessoria do Thor Batista não comenta o caso.

Thor conta ainda que, como o carro que dirigia é baixo - Mercedes-Benz SLR McLaren -, viu apenas o quadro da bicicleta e um homem negro no meio da pista. Segundo ele, quando notou o ciclista "já estava em cima dele" e que freou o veículo. "O impacto foi grande", disse em depoimento. Ele afirmou ainda que sentiu um "solavanco" nos ombros e nos braços. O vidro do veículo estilhaçou com o impacto.

Em março, Thor faltou a uma audiência no fórum. A defesa dele alegou na época que a ausência era por conta de uma enfermidade não revelada, mas justificada em atestado médico, entregue à juíza Daniela de Souza, responsável pelo caso. Outro motivo alegado foi que o novo laudo sobre a velocidade do carro não estava pronto.

O filho de Eike afirmou ainda que nunca teve mais de um veículo em seu nome e que atualmente dirige três veículos diferentes. Segundo ele, nenhum dos carros é de sua propriedade. O único carro que tinha em seu nome, um veículo esportivo, foi vendido "'em razão de problemas financeiros que sua empresa vem passando", declarou.

O carro envolvido no acidente era de propriedade de Eike Batista.

A sentença deve sair até o final do semestre, mas cabe recurso para ambas as partes.

Com informações do UOL.

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