Os recentes movimentos por um país melhor trouxe à tona uma necessidade que, até então, era bandeira empenhada apenas pelos policiais militares do Brasil: ampliar a discussão sobre a desmilitarização da Polícia Militar.
Não à toa, dois ônibus saem da Bahia, nesta segunda-feira, com destino a capital federal. O objetivo é participar da marcha em favor da Proposta de Emenda Constitucional 102, a batizada marcha da desmilitarização, que ocorre nesta terça e quarta-feira (dias 20 e 21 de agosto), em Brasília.
E a caminhada deve ganhar ainda mais força depois das manifestações do Movimento Passe Livre, há um mês. Após dura repressão dos PMs no Brasil durante os movimentos por um país melhor, ganhou mais força o clamor por uma polícia desmilitarizada, por uma polícia humanizada não regida por um Código Penal Militar, resquício da ditadura de 1964.
“O que as pessoas não entendem é que estes mesmos PMs que vão para ruas e estão sendo acusados de truculência são regidos por um Código. Norma esta que pune com prisão quem se nega a atender ordens de superiores hierárquicos”, analisa o vereador soldado Prisco.
