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Garoto baleado e tio morto no Lobato: PM apura participação de policiais

Imagem Garoto baleado e tio morto no Lobato: PM apura participação de policiais
Moradores manifestaram e exigem apuração das mortes  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/02/2014, às 07h05   Redação Bocão News (twitter: bocaonews)


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A Polícia Militar (PM) vai apurar a ação envolvendo policiais da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) que deixou o saldo de duas pessoas mortas e uma criança de 10 anos baleada. De acordo com a polícia, por volta das 15h30 da quarta-feira (19), a PM foi acionada para atender a uma ocorrência na Travessia dos Dois Fundões, que liga o Uruguai ao Lobato, em decorrência de troca de tiros entre bandidos. Ao chegar no local, conforme relato da guarnição da 17ª CIPM/Uruguai, os policiais chegaram a avistar um barco à deriva, posteriormente rebocado por outra embarcação para a Prainha do Lobato.
Os policiais da Rondesp/BTS informaram que encontraram na embarcação três pessoas baleadas: uma criança de 10 anos, indentificada como Erick de Jesus dos Santos, socorrida para o Pan de Roma e depois para o Hospital do Subúrbio, Gilvan Santos Santiago, tio da criança, de 33 anos, levado para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu, e Misael Moreira da Silva, 39 anos, conhecido como "Chiclete", que morreu no local. De acordo com a polícia, Misael era detento que não havia retornado do indulto de Natal.
Ainda segundo a polícia,  durante a troca de tiros Misael entrou na embarcação, onde se encontravam a criança e o tio, com o objetivo de fugir do local. A informações foi negada por moradores do local. "O garoto (Erick) e o tio (Gilvan) estavam no barco quando a polícia começou a atirar no bandidos que eles estavam atrás. Não vimos nenhum tiro vindo de lá pra cá, só daqui pra lá. Tem que investigar melhor as infomações. Mais uma criança vítima. Isso é inadmissível", disse uma testemunha. 
Após denúncia de que os disparos teriam sido feitos por policiais militares da 17ª CIPM - versão que a polícia disse ser "conflitante à apresentada pela guarnição" - o Comando da Corporação, como medida cautelar e preventiva optou pelo aprofundamento dos fatos através de Inquérito.Ele, determinou a oitiva dos pms na Corregedoria, assim como o recolhimento das armas para realização de perícia técnica.

Na tarde de ontem , os moradores do bairro promoveram um  protesto para exigir apuração do crime. Os manifestantes fecharam a principal via do bairro com pedaços de madeira e pneus queimados. Eles liberaram o trânsito depois de negociar com os policiais. O clima no bairro é de tensão e eles prometem novos protestos.

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