Polícia

PM suspeito de envolvimento na morte de jovem no Subúrbio se apresenta à polícia

Imagem PM suspeito de envolvimento na morte de jovem no Subúrbio se apresenta à polícia
Advogado de Anildo Araújo Casemiro conversa com o Bocão News e detalha o fato  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/05/2014, às 18h58   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)



Na última quinta-feira (29), o policial militar Anildo Araújo Casemiro, suspeito de envolvimento na morte do jovem Ronald Marçal Bonfim, 25 anos, se apresentou no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O caso aconteceu no último domingo (25), no bairro de Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Anildo é acusado pela família de Ronald de ter matado o jovem durante uma crise de ciúmes.
Em conversa com o Bocão News, o advogado do policial militar, Dinoermeson Tiago Nascimento, contou que Anildo voltava do acampamento de uma igreja evangélica, e pediu para a mulher dele buscá-lo em uma igreja no bairro de Plataforma. Ainda segundo o advogado do PM, acontecia uma festa próximo a residência do casal, que teve dificuldade para entrar em casa por conta da quantidade de pessoas que estavam na rua.
"Tinham várias pessoas na porta da casa dele. De forma educada, pediu licença para entrar em casa, quando foi agredido por uma das pessoas com um soco. Ao tentar se defender, entrou em vias de fato. Ele foi agredido por outras pessoas e por Ronald, o policial também tentou se defender. Encurralaram ele em uma rua sem saída", conta o advogado.

O jurista detalhou ainda que ao perceberem que o cliente dele estava armado, tentaram tomar a arma do PM: "foi nesse momento que a arma disparou e uma pessoa foi baleada. Ele viu que a arma dele estava na mão de um terceiro, que estava de camisa vermelha".
Ainda de acordo com o advogado, Anildo foi para casa pegar a chave do carro para socorrer Ronald, mas quando retornou o jovem já tinha sido socorrido.  Durante conversa, o jurista negou que o policial tivesse ciúmes da esposa com Ronald, que morreu no último domingo. "Não foi nenhum probelma relacionando a ciúme. É invenção e não sei de quem partiu. Ele é muito bem quisto entre os pais. Inclusive ao saber que ele iria ser apresentado, o sub comandadente da unidade dele o acompanhou em apoio a situação. Todo mundo sabe que foi uma fatalidade", disse e fez questão de salientar que outras testemunhas vão depor, pois até o momento apenas amigos e parentes foram ouvidos.
Ele finaliza a conversa dizendo que o PM tem medo de sofrer retaliação. "Em virtude da quantidade de irmãos que Ronald tinha, meu cliente está sofrendo ameaças. Os irmãos de Ronald são lutadores, até profissionais, e ele teme pela vida e pela famíla". O delegado Reinaldo Mangabeira investiga o caso. O policial vai responder em Liberdade.

Nota originalmente postada às 8h do dia 30

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