Polícia

Advogado é acusado de matar a namorada ao jogá-la do 8º andar de prédio; entenda o caso

Reprodução/Redes Sociais
O caso era tratado como suicídio  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais
Redação Bnews

por Redação Bnews

[email protected]

Publicado em 16/11/2024, às 10h03



Após dois anos da morte da advogada Carolina da Cunha Pereira França Magalhães, que veio a óbito ao cair do oitavo andar de um apartamento no bairro São Bento, na região centro-sul de Belo Horizonte, o caso teve uma reviravolta. A investigação da Polícia Civil concluiu que a mulher foi assassinada. Inicialmente, o caso era tratado como suicídio.

Com base no inquérito concluído em agosto deste ano, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou o então namorado de Carolina como autor do crime. Em setembro, a Justiça recebeu a denúncia e Raul Rodrigues Costa Lages, que também é advogado, se tornou réu no caso. Ele responde o processo em liberdade e nega as acusações.

Carolina da Cunha Pereira França Magalhães, então com 40 anos, estava sozinha com Lages no apartamento na noite em que morreu. Os dois filhos dela, frutos de outro relacionamento, haviam saído para assistir a uma partida de futebol.

Pouco depois das 23h, um vizinho ouviu um estrondo e a avistou caída na área de lazer do condomínio. O porteiro e o resgate foram acionados, mas a mulher já estava sem vida.

Em depoimento, Lages, alegou que não presenciou a queda. O homem afirmou que havia discutido com a companheira momentos antes, mas deixou o apartamento em seguida. Segundo ele, enquanto estava no elevador, ouviu um estrondo e, ao chegar na portaria, foi informado sobre o ocorrido.

Na época, o boletim de ocorrência registrado pela PM (Polícia Militar) não indicou suspeita de crime e levou a hipótese de suicídio. Lages havia relatado um histórico de saúde mental de Carolina.

Dois anos depois, o inquérito da Polícia Civil, com mais de 1.600 páginas, refutou a tese. Um dos elementos que contribuíram para a avaliação da delegada responsável pelo caso foi o horário da dinâmica dos fatos. O inquérito afirma que o acusado não soube explicar o que fez no intervalo entre a queda e a saída do apartamento.

Com base nos depoimentos, os peritos concluíram que Carolina caiu antes das 23h11, horário em que o porteiro foi acionado. Lages acionou o botão do elevador no 8º às 23h14. Às 23h15 ele já descendo rumo à portaria, onde chega em menos de um minuto. Às 23h16 ele é abordado pelo porteiro, que o leva até a área da piscina, onde Carolina estava caída.

“Durante esse tempo, (o acusado) permaneceu segurando as duas sacolas de roupas. As sacolas deveriam conter objetos de crucial importância para Raul, que mantém as mesmas consigo mesmo diante da visão trágica e desesperadora de sua mulher desfigurada e ensanguentada ao solo”, aponta trecho do inquérito da Polícia Civil. Em seguida, as sacolas foram deixadas dentro do carro dele.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp