Polícia

Antes de colocar chefão do BDM na rua, desembargador negou pedido de membro do 'Baralho do Crime'

Reprodução/TJ-BA e SSP-BA
O desembargador Luiz Fernando Lima foi afastado cautelarmente da função na última terça-feira (17)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TJ-BA e SSP-BA
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 20/10/2023, às 10h55


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O desembargador Luiz Fernando Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foi afastado temporariamente de suas funções na última terça-feira (17) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por conceder prisão domiciliar em outubro deste ano a Ednaldo Freire Ferreira, conhecido como Dadá, suspeito de ser um dos fundadores do Bonde do Maluco (BDM). No entanto, nove meses antes, o mesmo desembargador negou o pedido de habeas corpus preventivo de Wilhans Carvalho Leite, que é o "Nove de Espadas" do Baralho do Crime, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). O homem é apontado pelas autoridades policiais como líder do BDM na cidade de Senhor do Bonfim, no centro norte do estado.

A defesa de Wilhans Carvalho Leite, conhecido como “Coroa” ou "Zezito", argumentou que o cliente, que está em liberdade desde 2019 após cumprir sete anos de prisão no Conjunto Penal de Senhor do Bonfim, recentemente tomou conhecimento sobre a existência de uma prisão preventiva decretada pelo Juízo Criminal da Comarca da cidade. Contra o integrante do “Baralho do Crime” pesa a acusação de que ele supostamente seria líder do BDM e que ordenava homicídios em Senhor do Bonfim.

Coroa é procurado pela Secretaria de Segurança Pública

Wilhans também é suspeito de planejar na companhia de uma comparsa a morte de um homem — crime que foi frustrado por policiais militares. A defesa de “Coroa” afirmou estar diante de “uma exposição super confusa apresentada na seara policial, traduzindo meramente conjecturas”. Disse ainda que a denúncia de participação em uma organização criminosa é “genérica” e que não foi informado qual seria a função e os crimes cometidos por cada suspeito dentro da facção da qual ele foi apontado como liderança.

Os advogados que representam o procurado pela SSP alegaram também que, atualmente, Wilhans exerce a função de tatuador na Bahia e Pernambuco e que “busca tão somente o sustento da família que constituiu”. O juiz que colocou em liberdade o chefão do BDM analisou o pedido da defesa de “Coroa” e negou a concessão de liberdade preventiva.

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